O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi pauta de diversas atividades educativas desenvolvidas nas unidades escolares do município, ao longo de todo o mês, propondo valiosas reflexões referentes ao tema.
A E.M. “Carmen Paulina Walter”, localizada no Éden, realizou, no dia 25 novembro, a exposição dos trabalhos dos alunos desenvolvidos durante o ano letivo, a partir da temática “Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, prevista pelas Diretrizes Curriculares Nacionais.
Um dos destaques da atividade foi a apresentação do espetáculo infantil “Ilu Okan – O que minha vó me contou”, pelo “Grupo Trança de Teatro”, que evidenciou a riqueza da cultura de origem africana, por meio de histórias e brincadeiras contadas pelos personagens Babu, Malaika e Zuri, netos da mesma avó.
“Nós tivemos o privilégio de trazer a obra para a unidade, utilizando os recursos do FRE (Fundo Rotativo da Escola). É com muita alegria que realizamos o evento e estamos imensamente gratos pela participação significativa da nossa comunidade”, contou a vice-diretora da E.M. “Carmen Paulina Walter”, Vanessa Aimee de Castro Prior.
Entre os trabalhos produzidos pelos alunos, estiveram as bonecas confeccionadas apenas com nós ou tranças em retalhos, chamadas de “Abayomi”, termo que significa “encontro precioso”, indicando um sentimento positivo, como felicidade, serenidade e amor, além de máscaras e desenhos alusivos ao tema, entre outras atividades que representam e valorizam a cultura africana.
Os pais e responsáveis aprovaram e elogiaram a iniciativa da escola. “Uma forma importante de resgatar a história africana entre as crianças, o que vem se perdendo. Hoje, vi que trazer isso para a escola é muito especial, porque é a nossa própria história sendo contada, nossa origem. É um aprendizado também para nós, pais”, ressaltou Maria Edileuza de Barros Batista, mãe dos alunos Guilherme e Vinícius.
O CEI-81 “Prof.ª Edith Del Cistia Santos”, situado no Parque São Bento, igualmente preparou ações especiais comemorativas à data. A equipe organizou o evento anual “Exposição da Primavera”, na última quarta-feira (30), expondo os trabalhos realizados pelos estudantes ao longo do ano, os quais tiveram como objetivo resgatar a ancestralidade, de forma lúdica. A mostra contou, ainda, com a presença da especialista em cabelo afro Camila Trindade, que desenvolveu um workshop sobre tranças, propiciando o debate e a reflexão sobre o significado do Dia da Consciência Negra.
“As professoras exploraram, em sala de aula, a iconografia positiva da história de personalidades negras, além de elaborarem oficinas, proporcionando uma imersão na oralidade africana, por meio da música. Acreditamos que essas práticas contribuam para a conscientização, combatendo atitudes que possam levar à discriminação ou ao preconceito”, declarou a orientadora pedagógica da unidade, Cláudia Regina Vargas.
Educação – Agência de Notícias