SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O músico Oruam, um dos principais nomes do trap pátrio, comentou a proposta conhecida uma vez que “lei anti-Oruam”, que proíbe músicas que fazem apologia ao violação e às drogas.

 

“Eles sempre tentaram criminalizar o funk o rap e o trap coincidentemente o universo fez um rebento de traficante fazer sucesso, eles encontraram a oportunidade perfeita para isso, virei tarifa política”, publicou em sua conta do X (ex-Twitter). “Mas o que vocês não entendem é que a lei anti-Oruam não ataca só o Oruam mas todos os artistas da cena.”

Oruam é rebento de Marcinho VP, recluso há quase 30 anos por tráfico de drogas e homicídio. Em 2022, foi criticado por usar, em um show do Lollapalooza, uma camisa que clamava a liberdade do pai.

A proposta da “lei anti-Oruam” não cita diretamente o nome do artista, mas Amanda Vettorazzo (União Brasil, que o protocolou na Câmara Municipal de São Paulo, usou seu nome e figura na internet para convencer outros parlamentares a aderirem à proposta.

O documento propõe o veto à “realização de músicas e videoclipes com letras e coreografias que façam apologia do violação, ao uso de drogas, ou expressem conteúdos verbais e não verbais de cunho sexual e erótico, nas unidades escolares da rede de ensino do Estado de São Paulo.”

Propostas uma vez que esta foram protocoladas em 12 capitais do Brasil, além do Congresso Pátrio, por Kim Kataguiri (União) e do Senado, com Cleitinho (Republicanos-MG).

Oruam acumula mais de 10 milhões de ouvintes mensais no streaming Spotify. Suas letras falam do seu dia-a-dia, um cotidiano permeado por atividades ilícitas e uso de drogas.

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