O ministro da Moradia Social, Rui Costa, afirmou, nesta sexta-feira (7), que as críticas sobre a subida nos preços dos vitualhas em 2024 não levam em conta a queda registrada no ano anterior e a conferência com o governo de Jair Bolsonaro.
“O que eles esquecem de manifestar é duas coisas: primeiro, se você confrontar a inflação de vitualhas dos dois anos do governo Lula, ela é infinitamente menor que nos quatro anos ou nos dois anos do governo Bolsonaro. Ou seja, se confrontar, não fica de pé esse argumento, porque os preços em 2023 caíram”, declarou ao Portal Metro1 – Rádio Metropole, da Bahia .
Segundo o ministro, a subida recente da mesocarpo faz segmento de um ciclo procedente do setor. Ele explicou que a baixa nos preços em 2023 levou a um aumento do abate de fêmeas, reduzindo o rebanho e, consequentemente, a oferta para o abate, o que impulsionou a valorização do resultado.
“O preço da mesocarpo estava em baixa em 2023 e isso levou ao que eles chamam de ciclo da mesocarpo: quando os preços mergulham muito, os produtores começam a atrofiar as fêmeas e aí você diminui o rebanho, diminui a oferta para o abate e isso força uma escassez do resultado e a subida do preço”, explicou.
Rui Costa também atribuiu a pressão sobre os preços à sinceridade de novos mercados internacionais para os produtos brasileiros e a eventos climáticos extremos. “O Brasil abriu para mais de 200 mercados internacionais para exportação e isso impacta a oferta interna. Os episódios de gripe aviária nos EUA e a doença nas laranjas norte-americanas – que também ocorreu em São Paulo”, afirmou.
Ele destacou ainda que as condições climáticas atípicas de 2024, incluindo secas severas e enchentes no Rio Grande do Sul, tiveram possante impacto na oferta de vitualhas. “Primeiro nós tivemos muita seca e, depois, todos acompanharam o Rio Grande do Sul permanecer debaixo da chuva por mais de 30 dias. Logo isso impacta na oferta de vitualhas”, concluiu.
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