Projeto da EJA da E.M. “Maria Ignez Figueiredo Deluno” é selecionado para concorrer ao Prêmio Innovare

Projeto foi desenvolvido em 2019 e concorrerá à premiação em dezembro deste ano

A modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) retomou, nesta segunda-feira (21), as atividades presenciais nas unidades escolares na rede municipal de Sorocaba. Além do trabalho de alfabetização, destacam-se projetos desenvolvidos pelas equipes escolares.

É o caso, por exemplo, do trabalho feito pelas professoras Taís Klarosk, Francisca Fantin, Ana Cláudia Piatti e Márcia Regina Dias com os alunos da E.M. “Prof. Maria Ignez Figueiredo Deluno”, unidade escolar que fica no bairro Mineirão, Zona Norte da cidade. O trabalho, inclusive, foi selecionado para concorrer ao Prêmio Innovare neste ano.

O projeto, que foi realizado em 2019 com os alunos da EJA, partiu da iniciativa da parceria da Secretaria da Educação (Sedu) com a Associação dos Magistrados do Trabalho (Amatra), em que os professores têm formações a respeito de diversos assuntos voltados ao Direito e, naquele ano em específico, foi sobre o Trabalho Infantil.

A partir dessa premissa, a E.M. “Deluno” elaborou uma atividade que consistiu nos relatos sobre o trabalho infantil realizado pelos próprios estudantes da EJA que, acompanhando seus familiares tendo que trabalhar para obter o sustento, não frequentaram a escola na idade apropriada. “Em conjunto com os alunos da EJA, constatamos que a maior parte deles era oriunda do trabalho infantil, vinda, a maioria das famílias, do Norte e Nordeste do Brasil, em busca de melhores condições de vida”, conta a atual coordenadora da EJA e professora participante do projeto à época, Taís Klarosk.

O projeto abrangeu o resgate da cultura do povo nordestino, estudo da região, análise meticulosa sobre o trabalho infantil, além da recuperação da autoestima desses alunos. “Escolhemos o cantor e compositor Luiz Gonzaga para ser estudado como personagem e artista e, também, para a finalização do projeto, pois o trabalho tinha que ser apresentado no evento final, que aconteceu no Centro de Referência em Educação (CRE)”, salienta a professora Klarosk.

“Foi um projeto maravilhoso, que envolveu toda a comunidade escolar. Fizemos um quadro mosaico da música ‘Asa Branca’ e um coral com os alunos, cantando a música homônima com direito a sanfona e tudo”, relembra Taís.

Todo esse esforço foi recompensado. Em 2020, a equipe escolar recebeu o Prêmio Anamatra de Direitos Humanos e venceu, em nível nacional, na categoria Trabalho, Justiça e Cidadania.

A premiação ocorreu em 2020, nos meses de outubro, com a divulgação dos vencedores; novembro, com uma cerimônia virtual de apresentação e dezembro, com cerimônia de entrega do prêmio em Brasília (DF).

O evento contou com um renomado júri, que teve as presenças dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin; do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Lélio Bentes; do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Delaide Arantes; além da jornalista Cynara Menezes.

Neste ano de 2021, a equipe inscreveu o projeto no Prêmio Innovare e o trabalho foi selecionado. Agora, concorre com outros 300 projetos na premiação que está marcada para acontecer no mês de dezembro.

O secretário da Educação, Marcio Carrara, parabenizou a equipe por toda a ação. “São trabalhos como esse que nos enchem de orgulho e valorizam nossa Rede Municipal de Ensino. Parabéns a toda equipe pelo belíssimo projeto desenvolvido”, conclui o secretário Carrara.


Educação – Agência de Notícias