O programa ‘Para Mulheres na Ciência’, é um projeto que objetiva contribuir para o equilíbrio de gênero na área científica, premiando e incentivando pesquisas desenvolvidas por mulheres. Lilian Catenacci, professorada Universidade Federal do Piauí (UFPI), foi uma das pesquisadoras premiadas na 16ª edição que ocorreu neste ano.
Lilian conta como a sua paixão pela saúde das pessoas, do meio ambiente e dos animais a moveu para o caminho certo: ser educadora. A docente já percorreu diversas regiões do Brasil para pesquisas com abordagem da saúde única.
“Eu me formei muitos anos atrás e, desde a graduação, já tinha como desafio trabalhar com animais silvestres. Acho que o desafio começou a partir daí. Eu era apaixonada pela área de saúde e foi esse caminho que fui traçando, juntando a saúde das pessoas, do meio ambiente e dos animais, o que hoje a gente conhece como saúde única. Dali, fui trabalhar em uma ONG Socioambiental, porque para mim sempre foi fundamental estarmos perto da sociedade”, explica.
A pesquisadora passou 10 anos em Bom Jesus, município do Piauí, adquirindo experiência em campos do interior. Lilian comenta que, apesar das dificuldades, havia inúmeras possibilidades. “Acho que a gente deve se concentrar naquilo que acreditamos e buscar traçar esses desafios e oportunidades junto com parceiros locais e internacionais, foi isso que eu fiz ao longo desses anos”, destaca.
Incentivada pelos próprios alunos, a pesquisadora deu um passo a mais em sua carreira: em abril deste ano, decidiu se inscrever no projeto ‘Para Mulheres na Ciência’, onde a premiação se dá por meio de uma bolsa-auxílio que impulsiona projetos desenvolvidos por mulheres.
“O edital me chamou atenção e é lindo dizer que quem me passou a informação foi um aluno do mestrado, o que mostra o comprometimento pessoal da relação entre professor e aluno, e isso é fundamental”, acrescenta a professora.
Há cerca de um mês, Lilian recebeu a notícia de que foi uma das pesquisadoras premiadas. O seu projeto científico busca estudar vírus, corona viroses e influenza em animais silvestres ao longo do estado do Piauí. “Estou bem feliz e espero que outras oportunidades surjam, para que a gente possa trabalhar muito mais em prol da ciência. Espero também que possa continuar inspirando outras pesquisadoras, minhas alunas e todo mundo que queria trabalhar com ciência”, pontua Lilian.
O que dizem os alunos
Para os alunos de Lilian, é um grande privilégio poder trabalhar e aprender com a pesquisadora. Todos a veem como uma inspiração na área da saúde única. Um dos alunos que a incentivou a participar do edital, Osmaikon Lisboa, é mestrando em Veterinária, pelo Programa de Pós-graduação em Tecnologias Aplicadas a Animais de Interesse Regional, da UFPI. Ele comenta o quanto a sua professora é dedicada e trabalha com o coração.
“A Lilian é uma inspiração, acredito que não só pra mim, mas para todos que já trabalharam com ela. Sempre trabalhando com responsabilidade e se dedicando no que faz. Incentivei ela a participar da seleção para o prêmio porque sabia que o trabalho que ela vem realizando tinha potencial para ser selecionado, e eu inclusive me orgulho de fazer parte desse projeto”, destaca Osmaikon Lisboa.
Sobre o projeto
‘Para Mulheres na Ciência’ é uma ação conjunta entre a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Unesco e uma empresa de cosméticos privada. O projeto já contemplou 103 pesquisadoras e este ano esteve em sua 16ª edição.
O programa busca unir duas grandes forças: as mulheres e a ciência. Para tanto, além da bolsa-auxílio para as pesquisas premiadas, a Unesco também disponibilizou um treinamento para cada uma das cientistas finalistas, com duração de dois dias, incluindo webinars sobre gênero, carreira, media training e outros assuntos relacionados.
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Fonte: UFPI
Fotos: Arquivo pessoal
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