Prefeitura proporciona nova formação em Oficinas de Aprendizagem aos professores da rede municipal de ensino

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria da Educação (Sedu), oferece aos estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal de ensino a recuperação paralela com as Oficinas de Aprendizagem, projeto que apoia os estudantes com dificuldades de aprendizagem, em Português e Matemática, no contraturno do período regular.

Antes de acolher os estudantes, a Sedu também se preocupa em proporcionar aos professores da rede que atuam com as turmas das Oficinas o preparo necessário para ministrar com excelência essas aulas. São formações nas quais são debatidos os mais diversos temas e abordagens, que, depois, serão aproveitados em sala de aula, no processo de ensino-aprendizagem. A mais recente teve como foco a Matemática, explorando as estratégias mais assertivas para o ensino do componente curricular.

Na primeira parte da formação, houve a participação de dois palestrantes, os professores Samuel Caliani Zamparoni e Tiago Aparecido Monteiro Leite. Ambos lecionam na E.M. Dr. “Getúlio Vargas”, no Centro da cidade.

“O objetivo da formação foi levar informações acerca das vantagens de se fazer uso de jogos didáticos no ensino da Matemática, preocupando-se mais com a forma como os alunos aprendem, do que com o que eles aprendem necessariamente. E foi extremamente gratificante e produtivo saber que algumas das pessoas presentes na formação já fazem uso dessa abordagem em seu trabalho diário”, revelou o professor Samuel.

Ao mesmo tempo, o professor Tiago também contribuiu com novas ideias que podem ser elaboradas pelos outros docentes e igualmente adotadas nas Oficinas de Aprendizagem oferecidas aos alunos. “Meu intuito foi compartilhar a experiência que a Oficina tem proporcionado à minha prática docente. Durante as formações com os PEB II (Professor de Educação Básica) surgiram ideias a serem desenvolvidas com os alunos e isso tem ajudado a alternar entre o tradicional e outras atividades diversificadas. A metodologia é a aprendizagem por meio de jogos que estimulem o raciocínio lógico e a construção de estratégias para a resolução de problemas”, ele explicou. Tudo isso fez parte de um rico material que foi colocado em discussão pelos professores em formação.

Na outra parte da atividade dirigida aos docentes, foi a vez do Prof. Me. Marlon Freitas Mendes, que leciona na rede estadual de ensino e no Colégio Uirapuru, dividir seu conhecimento e experiência com os presentes. “A deia foi falar sobre recuperação de forma que o protagonismo da fala seja dos professores que vivenciam diariamente todo o processo de aprendizagem dos alunos em sala de aula”, ele sugeriu.

Com esse propósito, em um primeiro momento, foi proposta a organização em grupos dos professores participantes da formação, nos quais fosse possível pensar: “quem” é o aluno que participa da recuperação; “quais” são os critérios para sua escolha; “o que” é necessário recuperar, ou seja, como identificar do que esses alunos necessitam; e, ainda, “como recuperar”, qual a melhor estratégia para cada aluno e cada contexto. Tomando essas questões como ponto de partida, o professor Marlon privilegiou o espaço de discussão dos professores em formação para que eles próprios pudessem trazer como contribuição ao grupo suas múltiplas experiências em sala de aula.

“O mais importante foi todos poderem se perguntar: ‘de que forma posso recuperar esses alunos?’ e também trocar entre si essas ideias, a fim de socializar com a equipe alguma tática nova, alguma ideia que eles tenham pensado e o outro ainda não”, ele resumiu. Além dessa dinâmica, o palestrante defendeu a utilização de outros recursos importantes e vistos como inovadores, como a plataforma Khan Academy, de acesso livre e gratuito, que proporciona ao aluno um rico material para que ele possa exercitar, sozinho, uma jornada de busca pelo conhecimento em Matemática, além da chamada “caixa de operações”, um material didático que também proporciona ao aluno a liberdade de se aventurar, livremente e de forma lúdica, no universo das operações matemáticas.

Pensando, além disso, nas dificuldades de aprendizagem que emergiram de um longo período de isolamento imposto pela pandemia, é uma realidade notar como isso afeta os alunos. Para contornar esse grande desafio, a sugestão de Marlon é utilizar, nesse processo de retorno escolar, a retomada de alguns processos estruturantes.

“Quais são as habilidades essenciais para que o aluno possa se desenvolver no seu ano/série? Não dá para, por exemplo, pegar o aluno do 3º ano e retornar ao 1º. Pensamos também no ensino em espiral, que a Matemática traz com a possibilidade de rever assuntos, voltando a habilidades estruturantes e, assim, consolidar uma habilidade do 3º ano”, ele propôs.

“A formação dos professores das Oficinas de Aprendizagem ocorre mensalmente. O objetivo é sempre trazer propostas de trabalho que sejam diferenciadas e dinâmicas, produzindo alternativas para o desenvolvimento de habilidades que não foram adquiridas pelas crianças que passam pelas Oficinas de Aprendizagem no contraturno escolar, especialmente neste momento de pós-pandemia, quando estamos proporcionando aos alunos o máximo de recursos para que possam superar esses novos desafios, estimulando sua autonomia intelectual e o colocando no centro do processo de aprendizagem, tendo o professor como mediador, incentivando os estudantes a uma aprendizagem participativa”, concluiu a gestora de Desenvolvimento Educacional da Sedu, Thais Helena.

Fotos: Rose Campos/Secom e Sedu/Divulgação


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