Fotos: Rose Campos (Secom/Sorocaba)

A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Coordenadoria de Educação em Saúde, da Secretaria da Saúde (SES), em parceria com a Secretaria da Educação (Sedu), Secretaria da Mulher (Semul) e Secretaria de Inclusão e Transtorno do Espectro Autista (Sintea) realizou, no último sábado (24), o Projeto Integração Cuidar, que proporcionou à população vacinação e atendimento multiprofissional em saúde, no período das 8h às 14h.

A ação contou, ainda, com a parceria de três instituições de ensino superior da cidade, com cursos da área de saúde. As ações foram realizadas na E.M. “Prof. Luiz Almeida Marins” e na UBS Sorocaba 1, ambos no bairro Júlio de Mesquita Filho. O Centro Universitário Facens participou com odontologia, biomedicina (combate às arboviroses), enfermagem (coleta papanicolau) e psicologia (oficina das emoções para as famílias). A Universidade de Sorocaba (Uniso) atuou com equipe de enfermagem (coleta de papanicolau) e biomedicina (auriculoterapia) e, a Universidade Paulista (Unip), por sua vez, participou com medicina ofertando teste de acuidade visual, avaliação clínica auditiva, identificação de doenças crônicas não transmissíveis e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.

Karin Cristina de Camargo Oliveira, enfermeira da Coordenadoria de Educação e Saúde da Prefeitura de Sorocaba, conta como foi a ação e qual o seu propósito. “O projeto Integração Cuidar é uma iniciativa da Coordenadoria de Educação e Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação. Então, foi uma proposta primeiramente focada na saúde e educação. O propósito é levar serviços de saúde para dentro das escolas. Ele parte do Contrato Organizativo de Ação Pública (COAPES), que é o contrato que cuida das parcerias de estágios das universidades e escolas técnicas nos equipamentos de saúde da Prefeitura. Então, as instituições de ensino credenciadas ao COAPES têm os cenários das unidades de saúde para fazer seus estágios em formação e, por isso, trabalham com contrapartidas. Assim, a atividade proporciona cenário para horas de extensão desses profissionais em formação e permite que atendam a comunidade”, ela explica.

Entre as ações realizadas pelos alunos estiveram: promoção e prevenção em saúde bucal; orientações sobre doenças epidemiológicas do momento, como as arboviroses dengue, chikungunya e zika; atendimento médico para a identificação de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes; além da atuação de profissionais das áreas de Psicologia e Biomedicina. “A Psicologia está voltada à oficina das emoções, para acolher as famílias e detectar necessidades de atendimento psicológico. Então, veja que o Integração Cuidar é um projeto multiprofissional, que traz qualidade de formação para profissionais no SUS e também amplia o acesso da população aos serviços de saúde”, conclui Karin.

Antes dos atendimentos em saúde, a população também teve a oportunidade de participar de uma aula de ginástica funcional e forró proporcionada por Christina Palau, da Secretaria da Mulher (Semul). A atividade, que levou uma atividade guiada para os moradores locais também funciona como um incentivo à prática de atividade física a todos, mostrando o quanto, além de saudável, o exercício físico pode ser acessível e divertido. Os interessados também puderam assistir a uma palestra, ministrado pela Dra. Furtado, sobre o diagnóstico e as necessidades de pessoas identificadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na UBS, a sala de vacina permaneceu em funcionando, com a disponibilidade de várias vacinas, inclusive as da gripe e Covid-19.

No total, foram realizados 274 atendimentos, sendo 109 de adultos, 106 crianças e 59 idosos. Também foram vacinadas 24 crianças e mais 22 adultos. Participaram desta ação 59 estudantes e profissionais, além de funcionários da UBS e da unidade escolar.

Nos atendimentos em saúde, realizados pelos alunos sob supervisão profissional, também os estudantes se mostraram bastante motivados em participar. Vânia Aparecida Fortunato, atualmente estudante do 4º ano de Medicina, na Universidade Paulista (Unip), tem como primeira formação Farmácia Bioquímica e comentou sobre como foi a sua vivência no projeto. “É uma experiência gratificante porque nesse envolvimento com a população, a gente percebe como eles são carentes de atendimento. Então, muitos deles vêm aproveitar esse dia para cuidar da saúde e a gente fala dessa importância do tratamento e, principalmente, da prevenção das doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, que são o nosso foco. São cuidados que refletem na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. E, quanto mais cedo iniciamos a prevenção, menores serão os riscos de complicações dessas doenças. É um tipo de atendimento que precisa ser cada vez mais fortalecido no sistema básico de saúde; e podemos ver isso já na universidade”, relata a aluna.

Juliana Lima Silva, estudante do sétimo semestre de Biomedicina na Facens, é integrante de um grupo de alunos que criou um projeto para informar a população sobre a dengue e sobre síndromes metabólicas. “Estamos conscientizando um pouco o pessoal sobre isso, mas de uma forma lúdica, com um jogo sobre adengue. Inclusive, as crianças podem participar, assim como seus pais. Fazemos também uma apresentação sobre a importância da alimentação saudável para prevenir a hipertensão. Estou bem feliz de estar aqui hoje, podendo atuar junto à faculdade neste projeto.”

Seu colega Lucas Taglione Lino Martins, da mesma turma de Biomedicina, também elogiou a iniciativa da Prefeitura. “É gratificante participar disso porque não é a primeira atividade que a gente faz com o público em geral, em escolas. Mas aqui estamos lidando com o público em geral. Então, é muito importante trazer um pouco do que a gente aprende na faculdade para o pessoal da escola, principalmente para as crianças que estão se desenvolvendo e, muitas vezes, pegam as coisas mais fácil até que os adultos. Porque a criança é assim, se ouve uma coisa, em uma experiência assim, fica para o resto da vida. E como é de forma lúdica, como uma brincadeira, mais visual, elas acabam absorvendo melhor a informação. E não só as crianças, mas também os pais”, ele avalia.

A aluna de Enfermagem da Uniso, Mabylli Vitória Cleto da Cruz, também pôde exercitar na prática seus conhecimentos adquiridos em sala de aula. “Eu acredito que, para nós, do 5º semestre do curso, esta é uma ferramenta a mais de aprendizado. A gente está realizando o exame citológico, o papanicolau, e este é um aprendizado agregador para a nossa carreira, e nos ajuda a perceber já como será nosso estágio, uma parte prática. Além disse, exige a conversa com o paciente, o acompanhamento, nosso conhecimento e como realizamos o contato direto com o paciente. Portanto, acredito que esteja sendo uma vivência muito importante para todos nós”, conclui a aluna.