Prefeitura de Sorocaba e Saae antecipam operação da primeira linha de tratamento da ETE Pitico

Unidade, que atende à população da Zona Norte, está em obras de ampliação, previstas para serem concluídas até dezembro deste ano. Com isso, a capacidade máxima de tratamento mais que dobrará, passando de 251 para 560 litros, por segundo.

A Prefeitura de Sorocaba, por meio do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), antecipou o início da operação da primeira, de um total de três novas linhas de tratamento, resultantes da ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto Pitico (ETE Pitico), Localizada na Zona Norte da cidade. As obras no local prosseguem e estão em fase final, previstas para serem concluídas até dezembro. Os novos sistemas vão se somar aos dois já existentes na unidade, dobrando sua capacidade máxima de tratamento.

Nesta quarta-feira (21), coube ao ouvidor-geral do Município, Evandro Bueno, acionar o botão que colocou em funcionamento a nova linha de tratamento da ETE Pitico. Na ocasião, ele esteve acompanhado do diretor-geral do Saae/Sorocaba, Tiago Suckow, da secretária municipal do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema), Cilene Bordezan, e do gerente de contrato da empresa Consbem Construções e Comércio Ltda., Marcos Augusto Guardia, responsável pelas obras.

“Em um primeiro momento, em maio, realizamos os testes operacionais, de estanqueidade e funcionamento dos sistemas, assim como nos tanques de aeração. Foi um sucesso, tanto é que já conseguimos colocar em funcionamento uma das novas linhas de tratamento, antecipando o término total da obra e aumentando a capacidade de atendimento. A ETE Pitico é responsável pelo tratamento de 50% de todo o esgoto gerado na Zona Norte da cidade”, destacou o diretor-geral da autarquia.

A ETE Pitico, que entrou em operação em 2009, recebe e trata o esgoto gerado nos bairros localizados à esquerda da Avenida Itavuvu e à direita da Avenida Ipanema. A unidade tem vazão de tratamento de 251 litros por segundo e, com as intervenções, passa a ter capacidade máxima para tratar, em um primeiro momento, 375 litros de esgoto por segundo, representando uma ampliação de quase 50%. Com o término total das obras, o volume tratado mais que dobrará, podendo chegar a 560 litros por segundo.

“Sorocaba está na rota do desenvolvimento e se preparando para o futuro. A cidade cresce e esse novo sistema prepara o serviço público para acompanhar mais um passo importante em prol da preservação do meio ambiente e da qualidade de vida da população”, comentou a secretária da Sema.

A Consben foi contratada por meio de concorrência pública e o valor da obra soma R$ 37.794.109,31, sendo 92,71% provenientes de financiamento do Programa Saneamento para Todos, do Governo Federal, e 7,29% de recursos próprios da Prefeitura e do Saae/Sorocaba. “Estamos orgulhosos de fazer parte de um projeto dessa envergadura, colocando nesta planta o que há de mais moderno em tecnologia de saneamento básico”, mencionou o gerente de contrato da empresa.

A ETE Pitico remove 95,8% de toda a carga orgânica presente no esgoto que recebe. “Além de ampliar a capacidade de tratamento, buscamos melhorar, ainda mais, a eficiência do processo, para atender plenamente Sorocaba até 2050. Em um segundo momento, o Saae/Sorocaba já planeja realizar a atualização tecnológica das duas linhas antigas da mesma ETE”, disse o diretor de Produção do Saae/Sorocaba, Reginaldo Schiavi. Além dessa unidade, Sorocaba conta com outras sete ETEs em operação: S-1; S-2; Itanguá; Aparecidinha; Carandá; Ipaneminha e Quintais do Imperador.

Melhorias na ETE Pitico
Como parte da ampliação da ETE Pitico, estão sendo anexados mais três tanques de aeração aos dois existentes (cada um com capacidade para 7,7 milhões de litros) e outros três decantadores e três adensadores (atualmente, são dois de cada), além de uma nova estrutura de gradeamento e desarenação.

A unidade ainda ganhará mais uma estrutura de desidratação e de inertização, para que o lodo resultante do processamento dos dejetos esteja em condições de ser transportado e depositado em aterro credenciado, seguindo todas as normas dos órgãos ambientais.

Um reservatório elevado, de 88 mil litros, também foi construído para armazenar água de reuso, resultante do tratamento de esgoto e necessário para utilização em operações dentro da própria ETE. As obras contemplam, ainda, reformas e adequações nas estruturas originais, como na calha e nas caixas de distribuição de esgoto.

O moderno processo de tratamento empregado na ETE Pitico não utiliza produtos químicos em sua fase líquida. O sistema utilizado é o biológico, por meio do qual a matéria orgânica presente nos efluentes é degradada e absorvida por microrganismos, a partir de condições que são criadas para a sua proliferação dentro dos tanques, à base de oxigenação, em um processo aeróbio.

Fotos: Michelle Alves – Secom


Saae – Agência de Notícias