US$ 5 trilhões. Essa é a soma do valor a ser injetado na economia global pelos países membros do G-20, as principais economias mundiais. O valor foi citado em declaração conjunta da entidade, após a reunião dos representantes nesta quinta-feira, convocada extraordinariamente devido à pandemia do novo coronavírus.
Coordenado este ano pelo rei da Arábia Saudita, Salman Al Saud, o encontro ocorreu por videoconferência e teve a participação dos representantes desses países.
Na declaração conjunta, foram citados seis pontos pelos quais as nações integrantes e organismos internacionais se comprometem em se esforçar: proteger vidas, empregos e a renda das pessoas; preservar a estabilidade financeira; reavivar o crescimento e recuperar-se mais forte; minimizar interrupções no comércio e nas cadeias de suprimentos globais; prestar ajuda a todos os países que precisam de assistência e coordenar medidas de saúde pública e financeiras.
O presidente Jair Bolsonaro participou do encontro e esteve conectado com os demais líderes a partir do Palácio do Planalto. O ministro de Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, publicou, logo após a reunião, que “cada país tem suas políticas para conter a propagação do vírus e preservar a saúde dos cidadãos. Mas todos coincidem que é fundamental evitar um colapso econômico”, escreveu no Twitter.
Antes da reunião, o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, mencionou que o foco do encontro seria a luta contra a Covid-19 e as formas de manter a estabilidade da economia mundial. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também no Twitter, defendeu que o coronavírus precisa de uma resposta global.
Antes da conferência do G-20, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, escreveu uma carta aos membros do grupo. No documento, ele destaca que é preciso pensar uma resposta ao novo coronavírus, como “um plano de guerra”, e cita que a liderança do G-20 tem a chance de avançar com um “forte pacote” de respostas em solidariedade às pessoas do mundo, principalmente as mais vulneráveis.