Um paciente com um tumor no cérebro tem liderado uma vaquinha virtual que vai ajudar a trazer um tratamento inovador para o câncer cerebral infantil no Brasil.
Diagnosticado com um tumor maligno no ano passado, o advogado César Goulart, de 28 anos, assumiu a linha de frente de uma campanha de financiamento coletivo no ‘Só Vaquinha Boa’.
A campanha vai beneficiar crianças hospitalizadas que não tem progredido com os tratamentos convencionais contra o câncer.
Uma pesquisa conduzida por cientistas da USP em 2018 demonstrou que é possível tratar câncer cerebral infantil a partir do zika-vírus sem atingir as células saudáveis, sem quimioterapia e sem radioterapia. Tal descoberta pode salvar milhares de vidas nos próximos anos!
Para aprimorar a pesquisa e tornar o tratamento acessível à população, a vaquinha pretender arrecadar R$ 600 mil, que serão destinados ao Instituto Butantan.
Até agora, foram arrecadados mais de R$ 208 mil – cerca de 35% da meta. Você pode contribuir e ajudar na causa clicando aqui.
Tratamento pioneiro
Desenvolvido em 2018, o estudo da Universidade de São Paulo (USP) foi feito através de testes in vitro, em tumores de camundongos, em cachorros e posteriormente em tecidos humanos.
Em questão de semanas, os tumores malignos foram erradicados ou reduzidos consideravelmente. Em todos os casos, o zika vírus modificado matou as células doentes.
Isso acontece porque o zika se alimenta de tecidos existentes nas células-tronco que ajudam na formação do cérebro em fetos. Por sinal, essas células também são encontradas em tumores cerebrais.
Com essa informação valiosíssima em mãos, as doutoras Mayana Zatz e Carolini Kaid querem tornar esse tratamento possível para humanos, algo que a vaquinha busca consolidar nos próximos anos.
Apoio para a campanha
Em entrevista ao ‘Jornal NH’, Diego disse que ficou sabendo da campanha pela internet e, por conhecer de perto os obstáculos que um paciente precisa enfrentar, quis ajudar de alguma maneira.
Para isso, o advogado passou a espalhar a vaquinha entre amigos, seguidores e familiares, sempre incentivando as doações.
“Acabei me expondo para trazer um pouco de esperança, se não for pra mim, pelo menos para as crianças no futuro. É uma esperança”, completou.
Fonte: Jornal NH
Foto: Arquivo pessoal
SOCIAL – Razões para Acreditar