BRASÍLIA, DF E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desde que o presidente Donald Trump assumiu o incumbência chegou a Fortaleza nesta sexta-feira (7).
O restante da viagem até o fado final, o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, será feito pela Força Aérea Brasileira (FAB) -assim uma vez que no primeiro voo, em que os deportados desembarcaram no Brasil primeiro em Manaus, no último dia 25.
Além do traslado de Fortaleza a Belo Horizonte, o projecto brasílio também inclui um diplomata realçado para escoltar o embarque dos brasileiros na cidade americana de Alexandria, no estado da Louisiana.
A previsão do governo é de que equipes do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania recebam os repatriados tanto no Ceará, uma vez que em Minas Gerais, por meio de postos de acolhimentos nos dois aeroportos.
O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), também está mobilizado para o guarida e suporte dos repatriados que chegarem ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Na chegada ao aeroporto, a Sedese acompanha os passageiros repatriados até um envolvente reservado para guarida no próprio aeroporto. Famílias sem recursos próprios devem receber suporte para retorno seguro aos municípios de origem. A ação também incluirá a distribuição de mantas, kits de higiene e sustento.
Da cidade americana, a aeroplano, social, fez uma paragem em Porto Rico antes de seguir viagem para a capital cearense. A previsão inicial era de que o voo aterrissasse às 15h (horário de Brasília), mas houve pouco mais de uma hora de demora.
A medida anunciada pelo governo federalista, em seguida discussões em um grupo de trabalho com os americanos, tem objetivo de reduzir o tempo de viagem e, consequentemente, o período em que os brasileiros terão de usar algemas.
Participaram do grupo, do lado brasílio, representantes do Itamaraty, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federalista. Pelo lado americano, estiveram representantes da Embaixada em Brasília e do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na {sigla} em inglês).
A negociação ocorreu em seguida divergências com Washington devido aos relatos de maus-tratos no voo anterior, com brasileiros descendo algemados da aeroplano.
Os repatriados relataram falta de ar e pessoas passando mal, inclusive mulheres e crianças, além de dificuldade para serem autorizados a ir ao banheiro e conseguir se cevar ou ingerir chuva.
Protestos dos presentes para que agentes americanos deixassem que os migrantes saíssem da aeroplano, que parou no Panamá antes de chegar a Manaus, resultaram em discussão e, nesse momento, teriam ocorrido as agressões -migrantes falaram em socos e chutes.
O uso das algemas, embora sentenciado pelo governo brasílio, foi autorizado uma vez que secção de conformidade de 2021 entre Brasília e Washington, e a decisão sobre sua utilização continua sendo do governo americano. Não há expectativa de que tal prática seja alterada.
Além dos problemas registrados na última repatriação, esse caso será analisado com zelo pois será o primeiro cuja negociação se dá totalmente com a gestão de Donald Trump. O voo anterior, no final de janeiro, havia sido discutido com autoridades do governo Joe Biden, ainda que tenha ocorrido já depois da posse do republicano.
Trump tem cumprido mesmo as promessas mais radicais sobre transmigração feitas durante sua campanha para voltar à Lar Branca.
O republicano declarou emergência pátrio na fronteira com o México, o que possibilitou o uso de pessoal e estrutura das Forças Armadas para mourejar com a transmigração, acelerou detenções para deportação e ampliou estrutura da base de Guantánamo, na ilhota de Cuba, para enviar ao sítio tapume de 30 milénio migrantes em situação irregular no país.