A lenta recuperação da economia mundial após a pandemia e a guerra na Ucrânia, que já dura há 4 meses, têm sido determinantes para o aumento da inflação e do preço dos combustíveis, não apenas no Brasil (onde a gente já vê o litro da gasolina a R$ 8), mas em dezenas de outros países, inclusive nos Estados Unidos.
Essa realidade pesa e muito no bolso das famílias, especialmente aquelas com condições financeiras mais humildes.
Sensível a isso, Jaswiendre Singh, dono de um posto de combustíveis em Phoenix, no estado do Arizona, tem vendido o galão de gasolina por um valor mais baixo do que o seu preço de compra, ficando no prejuízo na tentativa de ajudar a clientela.
Foto: 3TV / CBS5
De acordo com a Associação Automobilística Americana (AAA), na semana passada o preço médio do galão (equivalente a 3,7 litros) chegou a marca de US$ 5 (R$ 25,90) – o maior em décadas.
Singh absorve 10% desse valor – cerca de 50 centavos de dólar (R$ 2,70) – vendendo o galão a US$ 4,50 ou menos, ficando sem qualquer lucro no processo.
“É um esforço para ajudar meus clientes a sentir menos ‘dor no bolso’ devido aos altos preços da gasolina”, disse o empresário, que têm trabalhado algumas horas extras para compensar o dinheiro que estão perdendo. Para isso, eles contam com a vendas do diesel e dos produtos da loja de conveniência do posto.
Foto: 3TV / CBS5
Em entrevista à emissora 3TV/CBS5, Singh disse que seus clientes compram cerca de 1.000 galões de gasolina por dia, o que significa que ele deixa de ganhar cerca de US$ 500 (R$ 2.587) diariamente ao subvalorizar seu combustível.
As perdas não o impedem de continuar operando, ao mesmo tempo em que dezenas de famílias são beneficiadas com o subsídio.
Hoje, abastecer o tanque para uma semana de trabalho está se tornando cada vez mais estressante – e impossível, – pois o preço do litro e do galão não para de subir, em especial no Arizona.
Foto: 3TV / CBS5
Ainda assim, com a ajuda de Singh, o povo de Phoenix tem um posto de gasolina em que pode confiar para oferecer o melhor preço possível, mesmo que isso signifique uma perda significativa para o proprietário.
“Minha mãe e meu pai me ensinou a ajudar o próximo se você tiver condições. Se você tem algo a oferecer, tem que compartilhar com as outras pessoas”, disse.
A renda média do cidadão norte-americano não acompanhou o aumento do preço dos combustíveis, o que tem forçado milhões de pessoas a evitarem dirigir por longas distâncias ou mesmo deixarem seus veículos em casa para pegar ônibus até o trabalho ou a faculdade.
Foto: 3TV / CBS5
Por vezes, a distância é longa demais ou não há transporte público disponível. Assim, a pessoa não tem outra escolha a não ser pagar (bem) mais caro pela gasolina para ir até onde precisa. Como resultado, sobra menos dinheiro para gastar com o lazer.
É pensando nessas pessoas que Singh reduziu os preços de seu posto. Apesar de estar no prejuízo há semanas, ele tem esperança de que logo logo tudo vai se estabilizar. E o melhor: manterá uma clientela fiel, que foi beneficiada por sua empatia e estará pronta para continuar abastecendo em seu posto!
Fonte: UpWorthy
Fotos: 3TV / CBS5
SOCIAL – Razões para Acreditar