A padrão Logina Salah, eleita Miss Egito em 2024, é uma das selecionadas para concorrer à grinalda da 73ª edição do Miss Universo, que acontece neste sábado, 16. Diagnosticada com vitiligo aos 8 anos de idade, a presença de Logina na passarela da competição é considerada mais um passo rumo a quebra de padrões estéticos na voga, uma vez que também labareda atenção sobre a requisito que, apesar de afetar um milhão de brasileiros, ainda carrega dúvidas e estigmas.
“Estou animada para simbolizar o Egito, as mulheres com vitiligo e qualquer pessoa que já tenha sentido não pertencente”, disse Logina, que tem 34 anos, em entrevista à prelo em outubro deste ano. “Minha missão é empoderar aqueles que se sentem marginalizados, deixando-os cientes de que não estão sozinhos”, completou.
De entendimento com o Hospital Israelita Albert Einstein, o vitiligo é uma requisito cutânea, ou seja, que afeta exclusivamente a pele. A sua principal particularidade é a perda de pigmentação, fazendo com que ela fique mais clara em várias regiões do corpo. Isso acontece por justificação da mudança na quantidade de melanócitos, células que produzem a melanina, proteína responsável pela pigmentação da pele.
Segundo o Ministério da Saúde, a mudança na pele atinge de 0,5 a 2% da população mundial. No Brasil, mais de um milhão de pessoas manifestam possuem vitiligo (0,54% dos brasileiros) e no país ocorre em 1,2% das pessoas brancas e em 1,9% das pardas e negras, aparecendo entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes em todas as macrorregiões do país.
É importante ressaltar que há muita desinformação e, consequentemente, muito preconceito, em relação ao vitiligo, conforme destaca a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Justamente por isso, não é incomum encontrarmos pessoas que acreditam que a doença é contagiosa – o que não é verdade. Unicamente pessoas com mudança na quantidade de melanócitos possuem a requisito, que não é transmitida de pessoa para pessoa.
Quais são as causas?
Embora a justificação do vitiligo ainda não seja completamente compreendida, a principal hipótese aponta para uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca os melanócitos – células responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Embora a origem exata da doença permaneça desconhecida, sabe-se que o vitiligo pode ser hereditário ou se manifestar de forma espontânea, sem um fator simples de desencadeamento.
Além da verosímil origem autoimune, o Albert Einstein aponta outros fatores que podem estar associados ao vitiligo:
– Eventos traumáticos, tanto emocionais quanto físicos (episódios de estresse extremo ou queimaduras, por exemplo);
– Contato com substâncias químicas que podem levar à morte dos melanócitos.
É importante evidenciar que, segundo a SBD, a pele, sendo o maior órgão do corpo, frequentemente reage a sinais de estresse emocional e físico. Isso ocorre porque a pele e o sistema nervoso compartilham a mesma origem, a ectoderme, o que permite uma notícia ordenado entre eles.
“Por essa razão, doenças uma vez que vitiligo, psoríase e eczema podem ser exacerbadas por fatores psicossomáticos, em que o estresse e as tensões emocionais influenciam diretamente o surgimento e a progressão das lesões cutâneas”, destaca a entidade médica. Justamente por isso, é generalidade que, durante as consultas de pacientes com a doença, sejam encontrados qualquer problema de fundo emocional, uma vez que situações estressantes, uma vez que a perda de um ente querido, brigas familiares, deposição, entre outros traumas.
Por outro lado, as lesões provocadas pela doença, não vasqueiro, impactam significativamente a qualidade de vida e a autoestima. “Por isso, na maioria dos casos recomenda-se o seguimento psicológico para prevenir o surgimento de novas lesões e obter efeitos positivos com o tratamento”, destaca a SBD.
Quais são os sintomas?
A maioria dos pacientes não manifesta qualquer sintoma além do surgimento de manchas brancas na pele. Em alguns casos, relatam sentir sensibilidade e dor na dimensão afetada – mas isso não é uma regra.
Quando o vitiligo é detectado, o dermatologista pode classificá-lo por dois tipos:
– Segmentar ou unilateral: manifesta-se unicamente em uma secção do corpo, normalmente quando o paciente ainda é jovem. Pelos e cabelos também podem perder a coloração.
– Não segmentar ou bilateral: é o tipo mais generalidade. Manifesta-se nos dois lados do corpo, por exemplo, duas mãos, dois pés, dois joelhos. Em universal, as manchas surgem inicialmente em extremidades uma vez que mãos, pés, nariz e boca. Há ciclos de perda de cor e épocas em que a doença se desenvolve. Depois, há períodos de estagnação. Estes ciclos ocorrem durante toda a vida e a duração, muito uma vez que as áreas despigmentadas, tendem a se tornar maiores com o tempo.
Existe tratamento?
Segundo o Ministério da Saúde, não existe tratamento para o vitiligo. Todavia, há tratamentos muito eficientes para diminuir o propagação das manchas. Dentre as opções terapêuticas, que devem ser feitas sob orientação de dermatologistas, está o uso de medicamentos que induzem a repigmentação das regiões afetadas. Aliás, é verosímil utilizar tecnologias uma vez que o laser, técnicas cirúrgicas ou de transplante de melanócitos.
O tratamento do vitiligo é individualizado, e os resultados podem variar consideravelmente entre um paciente e outro. Por isso, somente um profissional qualificado pode indicar a melhor opção.
“É importante lembrar que a doença pode ter um óptimo controle com a terapia adequada e repigmentar completamente a pele, sem nenhuma diferenciação de cor”, ressalta o MS.