A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Herdade (SPE) apresentou, nesta quinta-feira (13), projeção de prolongamento do Resultado Interno Bruno (PIB) do país em 2025. A atividade econômica deverá ter subida de 2,3%. A estimativa anterior, em novembro, era de um prolongamento de 2,5% do PIB.

 

De harmonia com o ministério, a redução da projeção do PIB para 2025 está baseada principalmente na elevação dos juros, na desaceleração da atividade econômica no quarto trimestre de 2024 e no cenário conjuntural extrínseco.

“A gente reduziu essa projeção, em segmento, pesando o que a gente está vendo na política monetária. E, em segmento, porque estamos vendo uma desaceleração mais acentuada da atividade agora no quarto trimestre de 2024. Logo, no cenário de 2,3% estão incorporados esses dois elementos, destacou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.

Ela ressalvou, no entanto, que o ministério incluiu nessa projeção a melhora nos resultados do setor agropecuário em razão das boas perspectivas para a safra de 2025. 

Desaceleração

Por setor produtivo, a SPE espera uma desaceleração da indústria e dos serviços, parcialmente compensada pela aceleração da produção agropecuária.

Para a indústria, a previsão de prolongamento em 2025 foi revisada de 2,5% para 2,2% em razão da desaceleração projetada para a indústria de transformação e para a construção, apesar da recuperação da indústria extrativa, sobretudo, em função da ingressão em operação de novas plataformas de petróleo.

Para serviços, o ritmo de expansão projetado para 2025 pela secretaria caiu de 2,1% para 1,9%, principalmente uma vez que revérbero da desaceleração na geração de novos postos de trabalho e da redução no ritmo de concessões de crédito em função do patamar ressaltado dos juros.

Para a atividade agropecuária, a projeção de prolongamento foi mantida em 6%, levando em consideração os prognósticos da safra, dados preliminares de abate de bovinos para o quarto trimestre de 2024 e uma melhora da situação climática.

Efeito Trump

Para o secretário de Política Econômica do Ministério da Herdade, Guilherme Mello, ainda é cedo para projetar os impactos da política mercantil implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no prolongamento brasílio de 2025. 

“É muito cedo para incorporar esse tema em qualquer cenário. Evidente que você pode erigir cenários alternativos e possíveis, mas nós temos ainda que entender melhor uma vez que isso vai ocorrer, em que prazo, quem vai ser mais afetado, quem não vai ser, isso ainda leva tempo para ter mais transparência sobre esse cenário. Logo, hoje é muito difícil mostrar possíveis impactos”, disse.

De harmonia com Mello, até o momento é verosímil mostrar somente impactos setoriais, mas não macroeconômicos.

“Caso necessário, caso a gente enxergue que existe a premência de incorporação de um pouco no cenário macro, nós vamos incorporar no momento que nós tivermos essa crença”, finalizou.