O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, fez novas ameaças nesta quinta-feira (17) a países que avaliam enviar tropas à Ucrânia como parte da chamada “Coligação dos Interessados” — iniciativa coordenada por nações europeias para reforçar o apoio a Kiev.
As declarações foram feitas no mesmo dia em que representantes do governo ucraniano, incluindo o chefe de gabinete de Volodymyr Zelensky, Andriy Yermak, e os ministros das Relações Exteriores e da Defesa, Andriy Sibiga e Rustem Umerov, chegaram a Paris para reuniões com autoridades da França, Reino Unido e Alemanha. O objetivo é discutir a ampliação da assistência militar à Ucrânia.
“Aparentemente, os líderes da panelinha fascista ucraniana foram a Paris para conversar com o Reino Unido, a Alemanha e a França sobre quantos caixões europeus estarão dispostos a aceitar depois do envio das tropas da Coligação dos Interessados para a Ucrânia”, declarou Medvedev, segundo a agência russa Tass.
Também são esperadas em Paris autoridades norte-americanas, como o secretário de Estado, Marco Rubio, e o enviado especial para o Oriente Médio, Steve Witkoff, para reforçar as discussões multilaterais sobre a guerra.
Nas últimas semanas, o possível envio de tropas europeias à Ucrânia voltou ao centro dos debates no Ocidente. No entanto, até o momento, nenhum país confirmou oficialmente a disposição de enviar forças terrestres.
A Rússia já havia advertido que consideraria qualquer presença militar estrangeira no território ucraniano como uma ameaça direta. O chanceler russo, Sergei Lavrov, reiterou em março que a presença de tropas da OTAN na Ucrânia seria encarada como um ato hostil, com potenciais consequências graves.
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