Uma equipe internacional de astrofísicos divulgou a maior amostra já registrada de grupos de galáxias, incluindo formações que datam dos primórdios do Universo, com cerca de 12 bilhões de anos.
O catálogo, baseado em observações realizadas pelo Telescópio Espacial James Webb, reúne aproximadamente 1.700 agrupamentos de galáxias localizados na região do céu conhecida como Cosmos-Web. As imagens abrangem um período que vai de 12 bilhões a 1 bilhão de anos após o Big Bang — considerando que o Universo tem cerca de 13,8 bilhões de anos.
“Estamos observando algumas das primeiras galáxias que se formaram no Universo”, destacou o astrofísico Ghassem Gozaliasl, da Universidade Aalto, na Finlândia, que liderou o estudo publicado na revista científica Astronomy and Astrophysics.
Com esse novo material, os cientistas poderão comparar estruturas galácticas antigas com outras mais recentes, aprofundando o conhecimento sobre a evolução das galáxias ao longo do tempo. O estudo dos grupos de galáxias também ajuda a explicar como surgiram as galáxias gigantes e luminosas, geralmente localizadas no centro dessas estruturas, por meio de fusões sucessivas.
As galáxias não estão distribuídas de forma uniforme pelo espaço: elas se concentram em regiões densas interligadas por filamentos de gás e matéria escura, compondo o que os astrônomos chamam de teia cósmica.
A maior parte das galáxias encontra-se em grupos com três a algumas dezenas de membros, ou em aglomerados ainda maiores, com centenas ou até milhares de galáxias unidas pela gravidade.
A Via Láctea, por exemplo, integra o chamado Grupo Local, ao lado da galáxia de Andrômeda e de dezenas de outras menores.
Leia Também: SpaceX celebra 250º lançamento da Starlink com imagem impressionante