Foi através da doação do filho de 19 anos que a empresária Maria Lopes de Souza voltou a enxergar. Recentemente, ela foi submetida a um complexo transplante de córneas – a camada transparente que protege a íris e a pupila.
Conforme explica a Clínica-Escola da Unifacisa, que realizou o procedimento, a cirurgia precisou ser precedida de outro transplante, o de células tronco do limbo da conjuntiva, de um paciente que precisava ser compatível com ela.
O único com o nível de compatibilidade considerado ideal era o de Emanuel de Souza, 19 anos, filho da empresária. Ele e a mãe, que vivem em Itaporanga, no interior da Paraíba, notaram, meses atrás, que os olhos dela estavam cada vez mais cobertos por uma membrana vascularizada que a impedia de enxergar direito.
Em busca de um tratamento, Maria e Emanuel viajaram cerca de 8 horas, entre idas e vindas para Campina Grande (PB), onde conseguiram entrar na fila de cirurgia para o transplante.
Com o acompanhamento do oftalmologista Diego Gadelha, mãe e filho encontraram a esperança que tanto procuraram.
O procedimento inicial foi feito seis dias antes do transplante de córnea, no Hospital da Visão do grupo Unifacisa, em Campina Grande.
“Foi preciso fazer anteriormente o transplante de células-tronco, com a retirada da conjuntiva do filho, para poder preparar para o transplante, porque não havia condições antes da superfície receber a córnea”, explicou Diego.
Logo depois, Maria foi cadastrada na Central Estadual de Transplantes como receptora de córneas. O pedido foi atendido como prioridade e o procedimento foi realizado, com sucesso, no dia 17 de junho.
Após duas semanas em recuperação, Maria relatou aos médicos estar enxergando normalmente. Deu tudo certo! 😍
Emocionado, Gabriel disse estar muito feliz pela mãe. “Por ela eu daria a vida, uma pequena parte do meu olho não é nada demais para mim, mas para ela foi muito importante. O processo de recuperação é um pouco lento, mas ela já está melhorando e a expectativa é de que ela evolua ainda mais”, contou.
“Para nós é uma satisfação muito grande fazer esse tipo de cirurgia. São exemplos como esse, em meio a tudo que estamos vivendo, um filho praticando esse ato de amor, ajudando a mãe em uma cirurgia como essa, mostra que ainda há esperança”, completou o médico Diego Gadelha.
Fonte: Unifacisa
Fotos: Arquivo pessoal
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