Evento da Undime-SP elege representantes do Polo Sorocaba/Itapetininga e proporciona formação sobre cultura africana aos participantes

Fotos: Fernando Abreu – Secom

Sorocaba foi sede do evento, realizado nesta quarta-feira (27), pela Undime – SP (União dos Dirigentes Municipais de Educação de São Paulo), em parceria com a Editora Baobá e o Polo Sorocaba/Itapetininga da instituição, contando, ainda, com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Sedu).

O evento aconteceu no Centro de Referência em Educação (CRE) e um dos objetivos foi realizar a votação dos representantes do Polo Sorocaba/Itapetininga da Undime. Foi escolhido por aclamação, como titular, o secretário da Educação de Sorocaba, Marcio Carrara. Para vice do cargo ficou designado, também por aclamação, o nome da secretária da Educação de Itapetininga, Mônica Cristine Rocha M. Scudeler. Ambos terão, a partir de agora, a incumbência de representar os 34 municípios que integram o polo regional da Undime.

Logo na abertura do evento, foi apresentado um vídeo com a saudação de Márcia Bernardes, representante estadual da entidade. “Este é um espaço para a partilha de conhecimentos, estudo e muito aprendizado. Por isso, espero que todos aproveitem muito esta oportunidade”, saudou a todos. Além disso, esteve presente o vice-presidente da regional Undime-SP, Celso Iversen.

Na sequência, subiu ao palco o anfitrião, secretário da Educação de Sorocaba, Marcio Carrara. “O propósito da Undime é contribuir para a promoção de uma educação de excelência aos municípios. E Sorocaba está sempre de braços abertos para receber os profissionais dessa área”, pontuou.
Após a votação e as falas dos representantes, teve início a palestra do professor Natanael dos Santos, voltada aos dirigentes municipais de Educação e técnicos da área.

Durante a formação, o palestrante destacou a relevância de se conhecer a cultura africana e sua influência no Brasil e no mundo, para que se combatam preconceitos e sejam desfeitos alguns mitos em relação à etnia de origem africana em sala de aula. “O preconceito vem da falta de informação. Portanto, é necessário informar e preparar os professores e, por meio deles, também os alunos”, afirmou.

O preconceito e os enganos sobre a história e cultura africanas estão presentes nas mais diversas situações do dia a dia, inclusive no uso das palavras, como o termo “macumba”, por exemplo, carregado de estigmas, mas cuja livre tradução, do idioma Banto, quer dizer “festa”.
Além disso, muito do conhecimento, das descobertas e da produção cultura mundial tem origem no continente africano.

Instrumentos hoje tidos como sofisticados e mais relacionados à cultura europeia, como violino e violoncelo, derivam de instrumentos musicais africanos criados há mais de 35 mil anos a.C. Também alguns artefatos e conhecimentos africanos, como uma vestimenta tecida com fios de ouro e utilizando pedras precisas lapidadas, podem datar de mais de 700 anos a.C.

O palestrante abordou, ainda, a importância de algumas características físicas do indivíduo preto africano, tais como a cor da pele e a forma dos cabelos, que, na verdade, ajudam a proteger ou propiciam vantagens genéticas que, a partir do seu conhecimento, contribuem para empoderar os brasileiros que também carregam essas características. Como defende o palestrante, o conhecimento é um recurso essencial para promover a valorização dessa etnia tão presente na população brasileira. O convite feito aos participantes do evento foi justamente o de se apoderar desses conhecimentos e usá-los de forma muito positiva na formação dos alunos.


Educação – Agência de Notícias