A Prefeitura de Sorocaba, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), em parceria com o curso de pós-graduação de Engenharia Social da Universidade de Sorocaba (Uniso), deu início, no último sábado (18), à avaliação técnica estrutural, sem custos ao Poder Público Municipal, do imóvel histórico da Terreiro Frei Baraúna, no Núcleo da cidade, onde funcionou o vetusto Fórum da cidade e também a Usina Cultural.
O intuito da iniciativa é verificar as reais condições estruturais do prédio para a sua revitalização interna, cuja mediação deverá ser executada preservando as características originais, em uma segunda lanço, possivelmente em parceria com a iniciativa privada.
Paralelamente, a Secretaria da Cultura também está em tratativas para obter a posse definitiva do prédio histórico junto ao Governo do Estado, dando sequência ao diálogo e tratativas com essa instância de governo, em seguida ter conseguido a atual permissão de uso do imóvel. Com uma extensão totalidade de 1.300 metros quadrados, o casarão será utilizado para as áreas da Cultura e da Instrução. “Com essa avaliação técnica, conseguiremos definir os próximos passos”, explica o secretário de Cultura, Luiz Antonio Zamuner.
O trabalho em parceria com a Uniso foi articulado pelo secretário de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), Tiago da Guia. Ao todo, são cinco alunos de pós-graduação atuando no lugar, sob a supervisão da professora Fabiola Bergamasco da Silva Marcondes Palinkás, coordenadora do curso de Engenharia Social.
O trabalho em perícia estrutural vai envolver, por exemplo, testes das estruturas de madeira para verificar a urgência de reforço, número de pessoas que cada envolvente comporta, entre outros. A estimativa é que o laudo completo seja entregue à Secretaria de Cultura em 30 dias.
O prédio
Construído em 1940 para homiziar o Fórum da Comarca de Sorocaba, o imóvel foi tombado em 2012, pelo Juízo Municipal de Resguardo do Patrimônio Histórico de Sorocaba (CMDP), com intensidade de preservação 1, por meio do decreto nº 20.334, de 13 de dezembro de 2012, e pelo Condephaat, em 2018.
Em 1994, foi transformado pelo Governo Estadual em Oficina Cultural. O nome da unidade homenageia o ator cômico Grande Otelo (Sebastião Bernardes de Souza Prata), famoso pela parceria com Oscarito na quadra de ouro das chanchadas. A unidade teve sede no espaço até 2014, quando, logo, teve início a obra de restauro, a qual foi interrompida em 2015.