Dois casais de amigos de longa data decidiram adotar 6 jovens que são irmãos biológicos que estavam em um abrigo de Uruguaiana, no sudoeste gaúcho.
Assim, os irmãos jamais ficarão separados, podendo se encontrar sempre que quiserem em seus respectivos novos lares, em Sorocaba (SP).
De início, 3 dos 6 jovens – Eduardo, Kelven e Marino – foram adotados por Cristina Rodrigues Sueiro dos Santos e Gilson Ayres dos Santos.
Cristina e Gilson queriam adotar um menino há tempos, e quando conheceram o trio, resolveram adotar todos de uma vez só.
“Filho é filho, independente de ser por adoção ou biológico e o que eles querem é somente o carinho e atenção, nada mais que isso. Não tem como descrever, é só vivendo mesmo essa experiência”, disse o papai adotivo.
Logo, a família planejada para ser de 3, tinha 5 pessoas. Ainda assim, os meninos deixaram suas irmãs para trás, o que não era do desejo de Cristiane.
Ao tomar conhecimento que elas ainda estavam no abrigo aguardando adoção, a paulistana decidiu agir.
“Eu já lembrei dos nossos amigos, Bruna Francine Xaviar de Almeida Mantovane e Vinícius Augusto de Almeida Mantovane. Já falei para o Gilson ligar para eles e falei para a assistente social que a gente conhecia um possível casa que poderia ficar com as três e passei o contato. Aí foi desenrolando a história”, contou a mãe de três.
Não demorou muito para Laura Xavier de Almeida Mantovane, de 15 anos, e as irmãs, Luiza e Maria Alice, serem adotadas por Bruna e Vinícius, também moradores de Sorocaba, no interior paulista.
Hoje, as duas famílias mantém contato constante, seja através do grupo da igreja, seja no colégio (todos os irmãos frequentam a mesma escola).
Para Bruna, o ato de adotar foi uma decisão muito especial. “Vale muito a pena. Porque tem muita coisa que você vive, que eles ensinam para a gente. É que é surpreendente mesmo”, disse.
A mamãe adotiva diz que se vê quando olha para as filhas. “O filho é seu e você vê a cada dia que é muito seu. As experiências, as relações que você constrói, até a personalidade parece que fica idêntica a da gente”, comentou.
Por já estar na adolescência, Laura achava que não seria mais adotada. “Não passava na cabeça que alguém da minha idade, com 12 anos, conseguiria sair de lá”, desabafou a jovem.
A história de adoção do casal Bruna e Vinicius começou bem antes das meninas do Rio Grande do Sul. A primeira filha dos dois foi a Valentina, que nasceu com síndrome de Down uma série de problemas cardíacos.
Infelizmente, a bebê viveu por poucos meses – ainda assim, por tempo o suficiente para reafirmar ao mundo que o amor não tem idade, cor ou gênero.
“A Valentina fez com que perdêssemos o medo da maternidade e paternidade. Ela realmente abriu e escancarou nosso coração”, relatou Vinicius.
“A gente pensa nos seis juntos, não tem como pensar separado. Eles fazem parte de uma grande família mesmo”, completou Bruna.
Fonte: Diário X
Fotos: Reprodução/TV TEM
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