A população global de pequenos tubarões costeiros está sob risco devido ao sobranceiro negócio de barbatanas, revela uma pesquisa baseada em testes de DNA conduzida por cientistas da Universidade Internacional da Flórida (FIU), nos Estados Unidos.
A equipe da FIU analisou mais de 4.000 barbatanas de pequenos tubarões, recolhidas em mercados entre 2014 e 2021, e identificou que barbatanas de espécies costeiras menores eram mais abundantes do que se pensava. A invenção foi divulgada pela dependência Efe nesta quarta-feira.
Os dados mostraram que essas espécies, mais comuns nos mercados de Hong Kong (um dos maiores mercados de barbatanas de tubarão do mundo), estão sob prenúncio maior do que o estimado, revelando uma flutuação significativa e fragilidade nas populações de tubarões costeiros.
A pesquisa, publicada na revista Science Advances, alerta para a falta de regulamentação para 19 espécies ameaçadas que ainda não estão protegidas pela Convenção sobre o Negócio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES). Entre essas, destaca-se a família Triakidae, que inclui algumas das espécies mais impactadas pelo negócio de barbatanas pequenas.
Diego Cardeñosa, biólogo da FIU e responsável do estudo, destaca que “é necessário infligir regulamentações internacionais de negócio o quanto antes para proteger esta família de tubarões, que enfrenta altos riscos de extinção e níveis insustentáveis de exploração”.
O estudo também revelou que tapume de um quarto das barbatanas pequenas analisadas pertenciam a jovens de grandes espécies de tubarões, incluindo tubarões-martelo criticamente ameaçados, tubarões-sedosos e tubarões-de-pontas-pretas. Essa invenção indica que o negócio excessivo de tubarões juvenis pode comprometer a sustentabilidade das espécies.
Cardeñosa ressalta a valia de inspeções rigorosas nas alfândegas em relação a carregamentos de pequenas barbatanas, uma vez que muitos desses produtos contêm espécies regulamentadas que exigem certificados apropriados.
Embora o foco da pesquisa sobre o negócio de barbatanas tenha sido nas barbatanas grandes, Cardeñosa constatou que a estudo das barbatanas menores oferece uma visão mais precisa da real elaboração das espécies nos mercados. Ele enfatiza a premência de intensificar a fiscalização para proteger esses tubarões e prometer a implementação de estratégias de conservação eficazes.
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