Vladimir Putin comunicou a intenção à ministra dos Negócios Estrangeiros norte-coreana, Choe Son-hui, durante uma visita da responsável à Rússia entre 15 e 17 de janeiro, indicou a KCNA.
A visita de Choe a Moscou, que incluiu reuniões com o homólogo russo, Sergey Lavrov, e com o vice-primeiro-ministro, Alexander Novak, ocorreu “numa altura em que as relações de amizade e cooperação entre os dois países entraram definitivamente no curso de um novo desenvolvimento integral”, afirmou ainda a agência estatal.
O regime norte-coreano garantiu ainda que as duas nações “aprofundaram a comunicação estratégica” e se comprometeram a reforçar a cooperação tática “para defender os seus interesses fundamentais e estabelecer uma nova ordem internacional multipolarizada baseada na independência e na justiça”.
Rússia e Coreia do Norte expressaram preocupação “com a influência negativa dos Estados Unidos e aliados”, que “ameaçam o ambiente de segurança na península coreana”.
Entre outros pontos, Pyongyang elogiou a “importante missão” da Rússia de servir para manter a “estabilidade estratégica” a nível global, tendo Moscou mostrado “profundo apreço” pelo apoio “total e solidário” da Coreia do Norte à operação militar especial na Ucrânia, eufemismo de Moscou para se referir à invasão russa do país vizinho, que começou em fevereiro de 2022.
A visita de Choe aconteceu depois de terem sido divulgadas novas provas de que a Coreia do Norte e a Rússia concordaram em cooperar militarmente durante a cimeira de setembro entre Kim e Putin.
A Casa Branca acusou a Rússia de ter disparado recentemente mísseis balísticos norte-coreanos contra a Ucrânia, somando-se aos já utilizados nos ataques de 30 de dezembro e 02 de janeiro. Mas Pyongyang e Moscou negam a transferência de armamento.
Especialistas disseram acreditar que o regime norte-coreano recebeu assistência técnica russa no lançamento do primeiro satélite de reconhecimento militar em novembro passado.
A Coreia do Sul estima que o número de contentores — com mísseis balísticos, lançadores e centenas de milhares de munições de artilharia — transferidos desde o verão pela Coreia do Norte para a Rússia ultrapassa já os cinco mil.
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