BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS) – Entre o último trem da noite e o primeiro da manhã seguinte, trabalhadores construíram uma estação inteiramente nova, utilizando componentes impressos em 3D no Japão. O trabalho foi concluído em cerca de duas horas e meia. As informações são do The New York Times e The Japan Times.

 

A estrutura de madeira foi substituída por impressão de argamassa. A nova estação, Hatsushima, fica em uma cidade de 25 mil habitantes, em uma área rural do Japão. O local atende os passageiros há mais de 75 anos.

Componentes da nova estação foram impressos em 3D em outro local, no que a empresa que opera a linha diz ser um feito inédito no mundo. Segundo a West Japan Railway Company, uma construção da maneira tradicional teria demandado mais de dois meses de trabalho e custado o dobro.

Foram necessários sete dias para realizar a impressão das peças, segundo a Serendix, empresa contratada para a obra. “Normalmente, a construção ocorre ao longo de vários meses enquanto os trens não operam à noite”, afirmou Kunihiro Handa, cofundador da empresa.

A nova estrutura possui cerca de 2,6 m de altura e área de aproximadamente 10 m². As estruturas foram moldadas utilizando argamassa aplicada por impressora 3D. Na sequência, vergalhões foram inseridos na parte oca e preenchidos com concreto. A empresa afirma que o prédio possui resistência semelhante à de casas de concreto armado.

A edificação deve ser inaugurada em julho. Atualmente, a estação é atendida por uma única linha, e recebe de um a três trens a cada hora. Diariamente, 530 passageiros utilizam a estação.

A West Japan Railway Company considera utilizar essa tecnologia na reconstrução de outros prédios de estações. Além da rapidez na construção e custo menor da obra, a nova estação é menor do que a atual. Isso visa manter o serviço ferroviário em locais remotos utilizando menos trabalhadores, à medida que a população do Japão encolhe, assim como o número de usuários das estações.