Após alguns episódios de inchaço nos olhos quando tinha 7 anos, Nathalia Ulbrich descobriu que sofria de síndrome nefrótica, um distúrbio renal que causa excreção excessiva de proteínas pela urina. A princípio, foi necessário que ela fizesse uma dieta alimentar restritiva, para proteger os rins, e o uso de medicamentos. Porém, aos 23 anos, Nathalia teve falência renal, quando os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. “Meu mundo desabou, achei que não teria futuro”, diz.
Depois do choque, Nathalia foi se informar sobre pessoas da sua idade que passaram pelo mesmo diagnóstico na internet e acabou encontrando a Fundação Pró-Rim. Então, decidiu se mudar do Rio de Janeiro, onde morava, para Joinville (SC): “A Pró-Rim é uma mãe. Recebi todo apoio desde que cheguei na cidade com apenas uma mala de roupa”. Nos primeiros cinco anos, ela passou pela hemodiálise – período que também se formou em administração. “Me enchi de planos novamente: estudar, trabalhar, casar, ter filhos”, conta.
Vida melhor
Em 2017, Nathalia realizou o transplante de rim e, após aguardar o período de dois anos recomendado pelos médicos, pode realizar seu grande sonho: ser mãe. Hoje, ela tem um filho quase 1 ano, o Daniel. “Ser mãe me mostrou que posso ser uma pessoa melhor. Transcendeu todas as minhas expectativas, e isso só foi possível pelo transplante e pelo apoio da equipe da Pró-Rim”, relata. Para ela, a instituição se diferencia ao acolher e proporcionar atendimento multidisciplinar ao paciente.
Atualmente com 33 anos, Nathalia agora se dedica a um curso técnico de enfermagem e se tornou colaboradora da Pró-Rim, onde faz seu estágio. Para o futuro, deseja seguir estudando, viajar com a família e ser efetivada na instituição. “Quero fazer pelos pacientes o que a Pró-Rim me proporcionou: o atendimento humanizado”, diz.
Texto: Laura Guerra
Foto: Acervo pessoal
Conteúdo publicado originalmente na Sorria #84, em fevereiro de 2022.
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