(FOLHAPRESS) – O visitante que conhece as caves do Porto e as quintas da região do Douro, no setentrião de Portugal, mergulha na história e nas características do famoso vinho sítio, produzido sob condições peculiares que dão ao resultado sua mel emblemática.
O vinho do Porto só é produzido na região demarcada do Douro, uma superfície montanhosa com mais de 40 milénio hectares de vinhedos e repleta de quintas, localizada sobre 100 km a leste da cidade homônima.
Duas categorias são as mais conhecidas: a Ruby e a Tawny. Na primeira, o vinho, considerado mais jovem, é envelhecido por um período de dois a três anos em tonéis de madeira ou tanques de aço inoxidável. O resultado é a cor vermelha intensa e o sabor predominantemente frutado. Uma vez que a garrafa é ensejo, o consumo precisa ser rápido, em poucos dias, pois o resultado logo perde a exuberância.
A categoria Tawny envelhece até por décadas em barris e sofre oxidação. Com isso, fica com uma cor acastanhada, menos concentrada do que a Ruby, e o sabor lembra o de um uísque. É um vinho que pode ser guardado por mais tempo: empresas uma vez que a Graham’s produzem lotes mais envelhecidos, que não são encontrados no mercado, para presentear autoridades, incluindo integrantes da família real britânica.
Vinhos do Porto também podem ser branco e rosé, menos populares. Experiências que incluem visitas a vinícolas e degustação são ofertadas em dezenas de quintas na região do Douro. Em Vila Novidade de Gaia, fado da bebida próxima do Porto para que seja engarrafada, envelhecida e exportada, também é provável encontrar atividades em caves de empresas tradicionais uma vez que a Graham’s e a Taylor’s.
A origem do vinho do Porto remonta ao século 17, quando os vinicultores portugueses desenvolveram uma técnica para preservar a qualidade da bebida durante as longas travessias marítimas até o Reino Unificado. Com a crescente demanda por vinhos portugueses na Inglaterra, os produtores do Douro começaram a aditar cachaça ao vinho, num processo chamado de fortificação. Esse método interrompe a levedação, mantendo segmento do açúcar originário da uva e resultando em um vinho mais alcoólico e com um sabor guloseima característico.
Para ser enquadrada uma vez que tal, a bebida precisa executar uma série de regras estabelecidas pelo Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto. “O vinho do Porto distingue-se pelas suas características particulares: um texto alcoólico geralmente entendido entre 18% vol. e 22% vol., uma enorme versatilidade em que se destaca a grande heterogeneidade de cores e de enquadramento ao nível da mel, assim com uma longa persistência aromática e gustativa”, diz o instituto em seu site.
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