Profissionais do Núcleo de Investigação de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Aviação do Brasil, em Brasília (DF), iniciaram, nesta quinta-feira (2), a estudo das caixas-pretas do avião Embraer 190 (matrícula 4k-AZ65), que caiu, no último dia 25, na cidade de Aktau, no Cazaquistão. O acidente causou a morte de pelo menos 38 pessoas. Havia 67 a bordo, incluindo cinco tripulantes. A aeroplano de fabricação brasileira, operada pela Azerbaijan Airlines, decolou de Baku, no Azerbaijão, e tinha uma vez que rumo a cidade de Grozny, na Rússia.
As caixas-pretas trazem gravações de dados e das comunicações de voz durante o voo e são consideradas fundamentais para identificar quais foram as causas do acidente. A Aviação informou, em nota à prelo, que a “extração, obtenção e validação dos dados contidos nos gravadores de voo ocorrerão no menor prazo provável”. Os trabalhos são realizados no laboratório de leitura e estudo de dados de gravadores de voo do Cenipa.
A FAB informou que os trabalhos serão acompanhados por três investigadores do Cazaquistão, além de técnicos convidados por aquele país, sendo três do Azerbaijão e três da Rússia. A instituição ainda acrescentou que as conclusões em publicadas no relatório final dessa investigação aviação são “de exclusiva responsabilidade da Mando de Investigação do Cazaquistão”. Por isso, o trabalho é realizado em conjunto com a entidade que investiga acidentes naquele país, que é vinculada ao ministério dos transportes.
Nesta semana, também, o Cenipa defendeu que as ações de investigação pelo órgão brasílico são referência internacional. “O domínio de tecnologias de animação em veras virtual em três dimensões (3D), com visualização completa do voo, permite aos investigadores compreender com maior acuracidade vários parâmetros uma vez que a trajetória da aeroplano, velocidade, altitude, funcionamento de sistemas e da atuação dos comandos de voo”, explicou a Aviação.
Segundo o que foi divulgado por agências de notícias internacionais, a aeroplano, no trajectória, acabou desviando da rota original até tombar do lado oposto ao Mar Cáspio. Há suspeitas de que o jato foi atingido pelas defesas antiaéreas russas, que atacavam drones ucranianos.