A Comissão Europeia classificou o apagão registrado na segunda-feira (27) em Portugal e na Espanha como o mais severo dos últimos 20 anos no continente. A falha deixou milhões de pessoas sem eletricidade por horas e impactou aeroportos, hospitais, transportes públicos e sistemas de abastecimento.

 

“O incidente é o mais grave na Europa em quase duas décadas. A situação energética em Espanha e em Portugal já foi normalizada”, afirmou o comissário europeu de Energia e Habitação, Dan Jørgensen, em publicação nas redes sociais nesta terça-feira (28).

Segundo estimativas da agência espanhola EFE, mais de 60 milhões de pessoas foram afetadas. O blecaute atingiu também o principado de Andorra e provocou paralisações em grandes centros urbanos, falta de combustíveis e interrupção de serviços essenciais.

A Comissão Europeia prometeu total apoio a Portugal e à Espanha, além de anunciar uma investigação minuciosa para apurar as causas do apagão. Um relatório independente será elaborado e deverá ser divulgado em até seis meses, com recomendações para evitar falhas semelhantes no futuro.

A E-Redes, responsável pela distribuição elétrica em Portugal, confirmou na manhã desta terça-feira que o fornecimento de energia já foi completamente restabelecido.

O episódio remete a outros dois grandes apagões na história recente da Europa: em 2003, quando cerca de 56 milhões de pessoas ficaram sem eletricidade na Itália, e em 2006, quando uma falha afetou cerca de 15 milhões de usuários em países como Alemanha, França, Bélgica, Áustria, Croácia, Espanha, Portugal e Itália.

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