Rico em nutrientes e com bactérias que fazem bem à saúde, o iogurte é um produto prático de consumir. Mas depende de refrigeração para manter a qualidade. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Campina Grande, na Paraíba, encontrou uma forma de produzir iogurte em pó, que não precisa ficar na geladeira. O pesquisador Eduardo Oliveira desenvolveu esse novo produto durante o doutorado e já registrou duas patentes.
Sonora: “O prazo de validade dele é bem maior em relação aos produtos que encontramos no supermercado hoje. É um produto que promove economia de energia pra empresa que um dia for produzir e, até mesmo, para o consumidor que comprar. É um produto prático onde o consumidor poderá levar a longa distâncias e preparar onde ele quiser.”
Diferentemente da fabricação do leite em pó em que são utilizadas altas temperaturas, o cientista usou um processo de secagem a frio que preserva as características nutricionais e funcionais do iogurte na versão em pó.
Sonora: “Ele tem suas características nutricionais concentradas: proteínas, lipídeos, carboidratos. Tudo isso foi concentrado porque a secagem faz a remoção da água. E, com essa remoção da água, há uma concentração dos nutrientes.”
O iogurte é um alimento que, naturalmente, tem uma função probiótica que ajuda a manter o intestino saudável. No caso do iogurte em pó, existe algo a mais para melhorar o trânsito intestinal, como explica o pesquisador Eduardo Oliveira.
Sonora: “O nosso iogurte em pó também tem função prebiótica. Nós adicionamos um agente pré-biótico que ajuda aquelas pessoas que tem problemas digestivos.”
Os testes sensoriais, para verificar se pode ter uma boa aceitação no mercado, apontam que mais de 80% dos participantes aprovaram a novidade. O próximo passo é usar o iogurte em pó para desenvolver outros produtos.
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