Estudantes da E.M. “Ary de Oliveira Seabra” aprendem Libras por meio de música e contação de histórias


Os alunos do 4º ano da E.M. “Professor Ary de Oliveira Seabra”, no Jardim Eliana, região do Cajuru, na Zona Leste da cidade, aprenderam Língua Brasileira de Sinais (Libras), por meio de um jeito bem diferente: pela música e a contação de histórias.

A ideia de realizar atividades envolvendo Libras com histórias de personagens folclóricos, temas musicais, jogos e exercícios com objetos partiu da professora Flávia Cristina Raphael. “Temos em nossa turma uma estudante surda. No início, foi difícil interagir com ela e entender suas necessidades. Isso me levou a cursar Libras na ONG Integra surdos, a fim de aprimorar o contato e assimilar o seu universo, assim como integrá-la, cada vez mais, em sala de aula e com os colegas”, disse a educadora.

A professora, que atua lecionando na Rede Municipal desde 2015, conta que os estudantes receberam as atividades com muito interesse e curiosidade. “Mergulhamos na cultura surda, com o objetivo de entender os sinais e melhorar nosso convívio com essa comunidade. Para tanto, realizamos atividades abarcando toda a sala de aula, desenvolvendo a socialização e, principalmente, a inclusão”, explica.

Como a Libras possui uma gramática específica, Flávia preparou um material com histórias dos personagens folclóricos Iara e Saci, exibindo fotos com os próprios alunos traduzindo os sinais.

Os estudantes levaram cerca de dois meses para obter noções básicas do novo idioma. Além disso, a turma realizou uma apresentação musical natalina com linguagem de sinais para toda unidade escolar.

“O trabalho da professora Flávia, em parceria com a intérprete Monalisa Moura Dias Bellinatti, contando com histórias e apresentações musicais, ficou lindo”, salienta a diretora da unidade, Miriani Barbosa Pacheco. “A verdadeira inclusão não é apenas ter uma intérprete na sala de aula, mas, sim, promover a comunicação eficiente entre a aluna, os professores e os colegas. Com esse conjunto de ações, houve um movimento de compreensão das necessidades de cada um”, completa.


Educação – Agência de Notícias