Uma das condições mais terríveis que uma pessoa pode estar sujeita é a pobreza e à fome. Infelizmente, sem a ajuda da família, dos amigos ou do próprio estado, elas acabam se encontrando em situações extremas que pedem atitudes desesperadoras.
É o caso de uma história peculiar que aconteceu em uma cafeteria na comuna de Pistoia, na Toscana (Itália).
Um dia após furtar um croissant (um tipo de bolo de massa folhada), um homem em situação de necessidade retornou ao local para pagar o produto e pedir desculpas, uma vez que ficou muito arrependido.
Em uma cartinha deixada numa mesa da área externa – e uma nota de 10 euros (cerca de R$ 65) – o rapaz se desculpa pela atitude desesperada, justificando que estava com fome e que sua situação o impedia de pagar pelo quitude naquele momento.
Comovido com a mensagem, o dono da cafeteria decidiu procurá-lo para oferecer-lhe mais do que uma simples ajuda, mas um emprego no estabelecimento.
Ciente de que o homem jamais se revelaria, com medo de ser julgado e até preso, o dono da cafeteria decidiu trilhar o caminho mais e acolhedor possível: ele compartilhou uma mensagem nas redes sociais contando a história para seus seguidores e conclamou o rapaz a aparecer em seu estabelecimento para negociar uma oferta de trabalho.
A atitude do empresário contrasta com muitas histórias lamentáveis de pessoas abastadas que aproveitam de sua posição de poder para humilhar e ferir a honra alheia.
A história da cafeteria Alibabar viralizou na mídia italiana e não demorou para circular o mundo. Sem dúvida, a boa ação do local traz uma singela lição: se quisermos lidar com o problema da fome e da desigualdade, precisamos agir com empatia – sempre – àqueles que estão passando por momentos difíceis.
Tudo isso porque os donos do Alibabar entenderam que seu país vive uma situação complexa:
“Na outra manhã o nosso pasteleiro havia deixado uma bandeja de croissants fora da cesta fechada onde costuma colocar as massas. Quando voltamos, um havia sumido. Alguém o roubou? Bem, encontramos essa nota na manhã seguinte. Esta é a situação na Itália hoje … Pessoas obrigadas a “roubar” porque sentem fome. Ainda assim, ele voltou com dignidade para pagar a dívida. Ficamos de coração partido”, disse Marco Bartoletti, dono do Alibabar.
Por mais histórias de empatia e solidariedade ao próximo como essa!
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Fonte: Repubblica
Fotos: Reprodução / Instagram: @ alibabar_2.0
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