O governo americano determinou nesta segunda-feira (20) que os Estados Unidos passarão a exigir comprovação de duas doses de vacina e teste negativo de covid três dias antes da viagem para estrangeiros que desejem entrar no país. Entretanto, ainda não foram divulgadas quais vacinas serão aceitas.
Com a decisão, pessoas saindo do Brasil rumo aos EUA não precisam mais fazer quarentena de 14 dias em outros países. Encerram-se assim as restrições de viagem dos Estados Unidos com diversos países, incluindo o Brasil, que já duravam cerca de 1 ano e meio.
“Embora o presidente Biden tenha sido contra a reabertura no início deste ano, é notório que já não fazia mais sentido manter as restrições sanitárias com muitos países. No Brasil, por exemplo, já existe um avanço significativo no número de pessoas vacinadas. Além disso, Biden já vinha sofrendo uma grande pressão interna por parte da indústria americana do turismo, que foi a que mais sofreu durante a pandemia nos EUA, para reabertura das fronteiras. O turismo representa 2,8% do PIB americano (US$ 712 bilhões) e 77 milhões de pessoas visitam os EUA anualmente” – analisou Felipe Alexandre, advogado brasileiro/americano de imigração.
A decisão de cobrar comprovação de vacina contra covid, porém, pode não ser recebida com bons olhos por uma parte de viajantes que sejam contrários a vacinação. Sobre isso, Felipe Alexandre, que também é proprietário da AG Immigration, escritório americano que representa centenas de brasileiros em seus processos de green card, comentou: “existe hoje um grande debate ético nos EUA e também no Brasil sobre a obrigatoriedade da vacinação. Creio, porém, que a decisão das autoridades americanas seja baseada em critérios técnicos e sanitários, sem qualquer influência política ou ideológica. Trata-se de uma medida que tem como objetivo o bem-estar e a segurança das pessoas e que possibilita a reabertura das fronteiras, o que é fundamental para geração de empregos e melhoria da economia americanas.”
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