No final de agosto, Izabelly Leão dos Santos, 20 anos, foi vítima de cyberbullying após participar de um concurso de beleza, ocorrido na Praia do Paraná-Miry, em Itaituba (PR).
A jovem conta que foi ridicularizada nas redes sociais e em grupos de WhatsApp através de fotos tiradas ao lado de outras candidatas. Pessoas maldosas começaram a comparar Izabelly, gerando centenas de comentários preconceituosos.
Em um deles, um homem não identificado diz em áudio: “Eu tô querendo acreditar que ela (Izabelly) está aí em cima (do palco) só como figurante mesmo, entendeu?! Ela é ajudante de palco. Alguma coisa do tipo”, disse, em tom discriminatório.
A gravação se espalhou por dezenas de perfis no Instagram, transformando Izabelly em chacota. Diante de toda essa ação vexatória, a paranaense foi acolhida por uma empresária de Itaituba, onde mora, e toda a equipe dela, ganhando um dia de beleza e cuidados estéticos de graça.
Para Danieli Sales, proprietária da franquia “Cultura Cacheada de Itaituba”, cuidar das pessoas é o objetivo principal da empresa: “Cuidamos das pessoas, o cabelo é consequência”, diz ela, em referência ao slogan do empreendimento.
Apesar de Iza não ter ficado entre as primeiras colocadas no concurso Garota Itaverão, ela recebeu todo o apoio da empresária com uma mudança radical de visual e também no look, recuperando assim sua autoestima, mesmo que parcialmente. “Estou me sentindo poderosa”, comemorou a jovem.
Segundo Danieli, Iza ganhou um book completo de fotos, roupas novas, maquiagem, unhas, além de cabelo feito. “Tudo isso para fazer ela se sentir amada, se sentir acolhida. A equipe estava muito disposta e sentiu a dor que ela estava sentindo. Toda equipe se envolveu”, afirmou.
Dias após o atendimento de rainha, a jovem gravou um vídeo onde agradece o acolhimento e deixa um recado a todas as pessoas que sofrem ou já sofreram cyberbullying.
Confira o vídeo abaixo:
Cyberbullying
Damos o nome de ‘cyberbullying’ a todo tipo de violência praticada com o uso de tecnologias em ambientes digitais, como smartphones, computadores, tablets e serviços remotos.
Assim como o bullying, que acontece de forma presencial, essa prática tem como intuito ofender, humilhar ou ainda envergonhar e intimidar a vítima da ação. Seja presencial ou virtual, essas duas práticas de intimidação e perseguição andam lado a lado, e podem ter impacto na autoestima, autoconfiança e até mesmo na segurança das vítimas.
Vale lembrar que estão previstas em lei punições a quem cometer cyberbullying, seja via multas ou reclusão (restrição de liberdade).
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Fonte: Giro Portal
Fotos: Arquivo pessoal
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