MAYARA PAIXÃO
BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Pouco menos de dois anos posteriormente a morte da brasileira Emmily Rodrigues em Buenos Aires, a Justiça da Argentina ouviu uma peça-chave do caso: Juliana Magalhães Mourão, 39, também brasileira, que estava com Emmily no momento de sua morte.
O Ministério Público a acusa de facilitar prostituição, porque teria levado Emmily e outra mulher para a lar do empresário do agronegócio Francisco Sáenz Valiente para esse termo, e de não ter prestado assistência à brasileira de 26 anos. Ela nega as duas coisas.
Emmily morreu posteriormente tombar do apartamento de Sáenz Valiente e suportar múltiplas lesões. Ele é indiciado de homicídio culposo e de facilitar o uso de drogas e responde em liberdade. Sua resguardo está a missão de Rafael Cúneo Libarona, de um dos escritórios mais conhecidos da Argentina, irmão do ministro da Justiça Mariano Libarona.
Mourão prestou testemunho nesta semana e insistiu que o caso se tratou de um suicídio, segundo transcrição de sua fala acessada pela reportagem. A família de Emmily contesta, diz que há negligência da Justiça argentina e que ela foi vítima de homicídio doloso (com intenção).
A Justiça argumenta que Mourão, “ainda que seja médica, não prestou nenhum tipo de auxílio à vítima, que apresentava evidentes sinais de um quadro de transtorno criado pelo consumo de entorpecentes oferecidos por Sáenz Valiente; ela tampouco interveio quando a vítima estava na janela do apartamento”.
A versão solene da investigação afirma que Emmily consumiu bebida alcoólica e drogas e que apresentou um quadro de transtorno psicótico e se jogou da janela. A sua família, que vive no Brasil, contratou uma perícia própria que apontou que houve violação de feminicídio e que ela foi empurrada do sexto caminhar.
No testemunho à Justiça, Mourão, que diz trabalhar uma vez que médica em Buenos Aires, afirma que o Ministério Público age de uma forma “muito machista” ao presumir que “um encontro de amigas seria prostituição” e que considera sexista a certeza.
Ela nega que Sáenz Valiente tenha ofertado droga, diz que ela e as outras mulheres possuíam entorpecentes e que não houve troca de verba por sexo. A Promotoria diz que uma quantia subida em verba teria sido encontrada na bolsa de Emmily. Mourão afirma que o valor não era um pagamento e que Emmily andava com as notas por não ter cartão de crédito.
O pai de Emmily, por sua vez, diz que há uma tentativa da Justiça e da resguardo do indiciado de difamar Emmily ao declarar de forma mentirosa que ela trabalharia com prostituição. Aristides Rodrigues diz que “isso ocorre porque se trata de uma vítima que é mulher e de nacionalidade brasileira”.
Ele afirma que provas têm sido ignoradas, uma vez que a própria perícia que encomendou ao criminalista prateado Enrique Prueger. O laudo diz que Emmily apresentou múltiplas lesões que são incompatíveis com a dinâmica da queda, uma vez que as das mãos e do pescoço, e que, junto a isso, as gravações das chamadas à emergência mostram que ela sofreu tortura, foi golpeada e que seu corpo tinha traumas relacionados com medidas tomadas para evitar que ela escapasse do lugar. O documento encomendado pela família, porém, não é vinculante ao processo.
Emmily vivia na Argentina desde 2018. Seu pai afirma que ela se mudou para cursar medicina posteriormente trancar o curso de recta em Salvador. Com dificuldades com o espanhol, alterou os planos e passou a atuar na dimensão de tratamentos estéticos e uma vez que protótipo.
Ele diz temer que o atual contexto prateado possa complicar ainda mais o desenrolar do caso. Isso porque o governo do presidente Javier Milei, com o ministro da Justiça avante, afirma que quer tirar o entendimento de feminicídio do Código Penal.
Dados oficiais mostram que quase 2.500 mulheres foram vítimas desse violação no país em dez anos, de 2014 a 2023.
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