O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço positivo dos dois anos de seu governo, em mensagem enviada ao Congresso Vernáculo nesta segunda-feira (3), na sessão de sinceridade dos trabalhos legislativos.

A solenidade foi conduzida pelo novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), eleito para o função no último sábado, e contou com as presenças do também novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), do presidente do Supremo Tribunal Federalista (STF), Roberto Barroso, além de ministros do governo federalista, uma vez que Rui Costa (Morada Social), representando Lula. O plenário contou com presença expressiva de parlamentares.  

O envio da mensagem, em todos os anos, é um rito tradicional da retomada dos trabalhos do Congresso. O documento com mais de 600 páginas traz um relato detalhado da situação econômica, social e política do país.

“Estamos comemorando os menores índices de pobreza da série histórica. A extrema pobreza caiu para 4,4%, ficando pela primeira vez inferior de 5%. Nesses dois anos, o Brasil ficou menos pobre e menos desigual, com aumento dos salários, maior renda do trabalho e distribuição de renda mais justa. Cuidamos também para que oportunidades e direitos fossem ampliados”, diz Lula no trecho de sinceridade da mensagem presidencial, lida pelo primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Carlos Veras (PT-PE).

“Quando assumimos a presidência, o Brasil estava de novo no Planta da Inópia, com 33 milhões de pessoas em situação de instabilidade nutrir. Em exclusivamente dois anos, 24,4 milhões de brasileiros ficaram livres do pesadelo da lazeira. Chegaremos a 2026 tendo retirado o país, mais uma vez, do Planta da Inópia”, diz outro ponto do texto.

Na mensagem, Lula falou sobre reafirmação da democracia e aproximação entre as instituições da República. “Nestes dois anos de governo, reafirmamos nosso compromisso com a democracia, o saudação às instituições e a relação harmoniosa entre os Poderes. Reafirmamos também o compromisso de promoção do desenvolvimento econômico com a inclusão social”, observou.

“A economia cresce mais, com mais investimentos, consumo, exportações e inovação. A indústria e o agronegócio estão mais fortes. A produtividade aumentou e o desemprego caiu. Em 2023, o Resultado Interno Bruto (PIB) aumentou 3,2%, quatro vezes supra da projeção do mercado. Para 2024, a projeção atual aponta para um prolongamento de 3,5%, um dos maiores do mundo”, prosseguiu o presidente.

 

O texto de apresentação da mensagem foca em um balanço  de gestão, com descrição de números sobre programas econômicos e sociais do governo federalista.

Para 2025, a mensagem destaca o protagonismo internacional do Brasil, por conta dos eventos que serão sediados no país, uma vez que a Cúpula dos Brics, em julho, no Rio de Janeiro, e a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém. Pela primeira vez, a Amazônia sediará as discussões sobre questões ambientais em nível global.

Em outro trecho, cita avanços em acordos comerciais. “Com a volta do Brasil ao cenário internacional, abrimos mais de 300 novos mercados para nossos produtos no exterior. E o mais importante: concluímos as negociações para o combinação Mercosul-União Europeia, depois de 25 anos de tratativas”.

Lula também destacou uma relação produtiva com o Congresso no ano pretérito. “Aprovamos o duplo de projetos prioritários, em confrontação com 2023. O conjunto de medidas fiscais e a regulamentação da reforma tributária são exemplos que ilustram a relação construtiva entre Executivo e Legislativo”, disse o presidente.

“Em 2025, continuaremos a pautar nossa gestão pelo compromisso com o estabilidade fiscal. Isso está expresso na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), assim uma vez que no conjunto de medidas fiscais enviadas em novembro de 2024 ao Congresso Vernáculo, que permitirão forrar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026”, acrescentou.