SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em subida nesta segunda-feira (3), com investidores repercutindo a imposição de tarifas do governo Donald Trump, nos Estados Unidos, a produtos importados do Canadá, México e China.
Às 9h05, a moeda norte-americana subia 0,8%, cotada a R$ 5,882. Na sexta-feira, fechou em queda de 0,30%, cotado a R$ 5,835, no que foi a décima sessão consecutiva de perdas diante de o real. Ao todo, a mote acumulou desvalorização de 5,31% ao longo do mês de janeiro.

 

Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,61%, a 126.135 pontos.

A tônica dos mercados nas últimas semanas tem sido a política tarifária de Trump. No sábado (1º), o republicano cumpriu a promessa de campanha e impôs tarifas sobre importações do Canadá, México e China, em uma ação que pode destravar uma novidade era de guerras comerciais entre a maior economia do mundo e três de seus principais parceiros comerciais.

Trump assinou um decreto aplicando tarifas adicionais de 25% a todas as importações do Canadá e México, com exceção de produtos de petróleo e da vontade canadenses, que enfrentarão uma taxa de 10%.

O Canadá é de longe o maior fornecedor de petróleo dos EUA, respondendo por murado de 60% das importações americanas de petróleo bruto. Um solene da Lar Branca disse que tarifas mais baixas para vontade canadense visam minimizar os “efeitos disruptivos” nos custos da gasolina e do aquecimento doméstico nos EUA, mas confirmou que não haveria mais exclusões.

Já os produtos chineses enfrentarão uma tarifa de 10%, além das tarifas existentes dos EUA.

Segundo a Lar Branca, as novas tarifas entrarão em vigor a partir de terça-feira (4). O governo afirmou que cada decreto contém uma cláusula anti-retaliação, de modo que, se qualquer país deliberar revidar, medidas adicionais serão implementadas, provavelmente porquê aumento das tarifas.

No entanto, os países afetados já estão se movimentando. No próprio sábado, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre 155 bilhões de dólar canadenses (US$ 106 bilhões) em produtos americanos. Os impostos sobre 30 bilhões entrarão em vigor na terça. O restante será efetivado em 21 dias.

Os impostos recairão sobre produtos porquê cerveja, vinho, uísque, frutas, sucos, roupas, equipamentos esportivos e eletrodomésticos. Trudeau também pediu aos canadenses que evitem comprar produtos americanos, dando preferência aos de produção lugar.

Ainda sem anunciar represálias porquê as do Canadá, a China informou que desafiará as tarifas por meio da OMC (Organização Mundial do Negócio).

“A imposição de tarifas pelos EUA viola seriamente as regras da OMC”, afirmou o Ministério do Negócio chinês em um enviado, instando os EUA a “engajarem-se em um diálogo franco e fortalecerem a cooperação.”

Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, usou o X (vetusto Twitter) para manifestar que instruiu seu ministério da economia a também fabricar tarifas retaliatórias, mas sem dar maiores detalhes.

“Rejeitamos categoricamente a calúnia feita pela Lar Branca ao Governo do México de ter alianças com organizações criminosas”, escreveu a governante de esquerda na rede social X.

A justificativa para a realização das tarifas havia sido a da imigração. Segundo Trump, Canadá e México haviam afrouxado a segurança nas fronteiras. Ao mesmo tempo, ambos os países, ao lado da China, não fizeram o suficiente para sofrear o fluxo de opioides nos EUA.

Para especialistas, as medidas de Trump colocaram em curso uma “guerra mercantil com esteroides”.

“Essas tarifas anunciam uma novidade era de protecionismo mercantil dos EUA que afetará todos os parceiros comerciais americanos, sejam rivais ou aliados, e interromperá significativamente o negócio internacional”, diz Eswar Prasad, professor da Universidade Cornell.

A imposição de tributos mais altos pode afetar fluxos comerciais, aumentar custos e provocar retaliações. Na economia doméstica dos EUA, ainda há o risco de um repique inflacionário, o que pode comprometer a bulha do Fed (Federalista Reserve, o banco mediano norte-americano) contra a inflação e forçar a manutenção da taxa de juros em patamares elevados -o que fortalece o dólar.

Neil Shearing, economista-chefe na Capital Economics, calcula que as tarifas podem puxar a inflação para supra de 3%, em confrontação com os 2,6% atuais. Impostos pesados sobre a UE e a China empurrariam o propagação dos preços nos EUA ainda mais, alertou.

Na reunião do Fed da semana passada, o presidente Jerome Powell disse que é muito cedo para manifestar quais serão os impactos das políticas de Trump e que levará o tempo necessário para calcular seu significado. “Não sabemos o que acontecerá com as tarifas, com a imigração, com a política fiscal e com a política regulatória.”

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