TETÉ RIBEIRO
FOLHAPRESS Difícil encontrar, hoje em dia, quem nunca tenha ouvido falar dos “freak offs”, as festas produzidas por Puff Daddy, Diddy ou Sean Puffy Combs, uma vez que preferir, que duravam vários dias cheios de sexo, drogas, bebida, óleo de bebê, lubrificantes, vibradores ultra modernos e até a presença de prostitutos e prostitutas, além de muitos convidados célebres e poderosos.

 

Amplamente documentados, os começos dessas festas, que costumavam intercorrer à borda da piscina, eram cheios de celebridades uma vez que Jay-Z, Beyoncé, Ashton Kutcher, Mary J. Blige, Justin Bieber (que fez até uma música a saudação), Leonardo DiCaprio, Mariah Carey, Megan Fox, Naomi Campbell.

Jamie Foxx já assumiu que participou das festas, mas ia embora cedo e nunca viu zero. Kanye West disse que foi a uma e achou a “robustez estranha”, portanto nunca mais voltou. O comediante Dave Chapelle fez piada no humorístico “Saturday Night Life” dizendo ter ficado revoltado por nunca ter sido convidado, mas acredita que sabe o porquê. “Eu tenho face de quem vai racontar”.

Logo quem ficou? E o que essas pessoas faziam nessas orgias, que costumavam ser gravadas pelo proprietário de tudo? Quantos dos convidados continuavam nas festas quando o que começava uma vez que uma celebração virava uma coisa doentia e, muito provavelmente, criminosa?

As pessoas eram dopadas? Os estupros aconteciam na piscina? Na pista de dança? E a manhã, ou tarde que seja, do dia seguinte? Já pensou?

Não é todo mundo que vira a noite impunemente, imagino que pelo menos uma porcentagem desses frequentadores precisava dormir em qualquer momento, manducar, permanecer quieto num quina. Nem que fossem os funcionários da mansão.

Em uma das inúmeras acusações contra Diddy, há a informação de que um médico era chamado para dar um soro com vitaminas na veia de quem tivesse uma ressaca potente demais. Menos mal.

Mas zero disso é visto nesta série documental que estreia neste dia 1⁠º de fevereiro no conduto de streaming Max. Não há uma imagem, um frame, uma foto que seja, de um “freak off”. Nem uma única entrevista de alguém que tenha participado de uma dessas orgias.

A única menção aos “freak offs” aparece na arguição de Cassie Ventura, por escrito. A ex-namorada de Diddy o processou em novembro de 2023 e fez um conciliação fora dos tribunais menos de 24 horas depois, que certamente inclui uma cláusula que a proíbe de falar do matéria.

No processo, ela diz que era forçada a participar dessas festas e que Diddy contratava prostitutos para transar com ela enquanto ele assistia e se masturbava. Mas ela não é uma das entrevistadas, portanto continua tudo uma vez que um disse não disse, quase uma vez que uma mito do mundo do hip-hop.

O que não quer expor que o documentário não traga nenhuma revelação. É muito intrigante ver as fotos do pequeno Sean Combs, que aos cinco anos se vestia na estica, uma vez que um gângster adulto dos anos 20, com calça risca de giz, camisa social, suspensórios e uma capelo.

Seu melhor companheiro da quadra, que depois se tornou um dos seus braços-direitos, conta que o pequeno Sean sofria muito bullying dos garotos mais velhos devido ao jeito estranho uma vez que se vestia e porque era tido uma vez que um fraco.

Sua mãe, Janice, que criou o rebento sozinha depois que o pai foi assassinado com dois tiros na cabeça, provavelmente por traficantes rivais, quando Puff tinha unicamente três anos, costumava instruir o rebento a não se desnivelar a ninguém. Que se apanhasse na rua tinha que revidar, se levasse um tapa, que devolvesse um soco.

A primeira arguição de violência de Puffy contra uma mulher aconteceu na quadra em que cursou a Universidade Howard, e foi testemunhada por uma colega. Mas ela dá esse prova sem revelar seu nome nem mostrar a própria face, nem diz quem era a namorada que teria apanhado de cinto, do lado da fivela.

Há depoimentos muito contundentes, uma vez que o de Thalia Graves, ex-namorada de um funcionário da gravadora Bad Boy Records que conta ter sido drogada e estuprada por Combs em cima de uma mesa de sinuca, e depois ameaçada caso contasse a alguém. Ela nunca tinha revelado o estupro, até deslindar, em 2023, que ele tinha gravado tudo e mostrado a seus funcionários.

O produtor Lil Rod conta que trabalhou em um álbum de Diddy e nunca recebeu nem um tostão, mas continuou frequentando o entourage do empresário mesmo em seguida ser sitiado por ele. Porquê negou a investida, foi obrigado a ir a clubes noturnos e recrutar mulheres para trazer para a mansão de Miami de Puff, para que ele escolhesse uma para passar a noite.

Mas zero de Jennifer Lopez, sua ex-namorada mais famosa, que foi presa com ele em 1999 depois de um troada em uma boate, em que uma das vítimas sempre afirmou que viu Diddy apontando para ela a arma que atingiu seu rosto.

Ele e J.Lo foram inocentados no julgamento, e o jovem rapper Shyne, que estava com os dois, foi sentenciado a dez anos de prisão. Já está em liberdade, mas também não deu entrevista.

O resumo final é mais ou menos esse: Puff é um varão muito mau, violento, manipulador, que merece remunerar pelos crimes que cometeu. Mas o que ele ia fazer com os milénio potes de óleo de bebê apreendidos pelo FBI e se um “freak off” aconteceu, não é nesta série que vamos saber.

A QUEDA DE P. DIDDY
– Avaliação Regular
– Produção Estados Unidos, 2024
– Direção Quincy Ruffin e Chris Blackwell