Um juiz federalista de Seattle suspendeu temporariamente a ordem executiva assinada por Donald Trump que pretendia fechar a licença automática de cidadania a filhos de imigrantes nascidos nos Estados Unidos. A decisão liminar foi tomada em seguida quatro estados – Arizona, Illinois, Oregon e Washington – contestarem a medida, argumentando que ela viola a 14ª emenda da Constituição, que garante cidadania a qualquer pessoa nascida no país.
O juiz John Coughenour classificou a ordem uma vez que “flagrantemente inconstitucional” e questionou a legitimidade do ato durante a audiência. A ordem de Trump, que deveria entrar em vigor em 30 dias, determinava que agências federais não emitissem documentos de cidadania para crianças nessa quesito.
Advogados dos estados alertaram que a medida poderia afetar mais de 150 milénio crianças por ano, deixando algumas apátridas. Já a resguardo do governo solicitou mais tempo para apresentar argumentos em prol da medida, justificando que ela daria uma “novidade tradução” à 14ª emenda.
Trump criticou a decisão do juiz, afirmando não estar surpreso com o bloqueio. Segundo o The New York Times, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e outros estados também questionam a ordem em tribunais, ressaltando que negar cidadania por promanação seria inconstitucional e contrário aos valores americanos.
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