Músicos da London Chamber Orchestra interromperam um ensaio na última quarta-feira em protesto contra os atrasos nos pagamentos. Vários membros da orquestra expressaram insatisfação com o tratamento que receberam nos últimos cinco meses, período durante o qual não foram remunerados pelo seu trabalho.
Conforme reportado pelo The Guardian, foi necessário recrutar músicos de outras orquestras para assegurar a continuidade do concerto noturno no Cadogan Hall, em Londres, Inglaterra, sob a regência do diretor musical Christopher Warren-Green.
“É uma verdadeira batalha trabalhar como músico nesta cidade agora”, afirmou um membro da orquestra ao Observer. “Não recebemos muito, e por isso, temos que realizar outros trabalhos. Portanto, certamente, precisamos ser pagos quando trabalhamos”, acrescentou.
Jocelyn Lightfoot, diretora-geral da orquestra, informou ao Observer que foram efetuados pagamentos em atraso na semana passada e que os problemas decorreram de uma decisão do banco da orquestra de congelar sua conta.
Este é um problema que supostamente afetou outras organizações. “Mantivemos os músicos informados durante este período de que o pagamento seria efetuado assim que a conta fosse reaberta”, declarou Lightfoot ao Observer.
Um porta-voz do Barclays Bank comunicou ao Observer que a entidade leva a sério a “proteção dos fundos e dados dos clientes”. “Como parte de nossa responsabilidade contínua de prevenir crimes financeiros e cumprir nossas obrigações regulamentares, somos obrigados a garantir que mantenhamos informações atualizadas sobre as contas de nossos clientes. Os clientes também são obrigados a informar o banco em tempo hábil sobre qualquer alteração relacionada ao seu negócio ou instituição de caridade”, acrescentou.
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