Vereador bolsonarista é barrado no Cristo por não mostrar comprovante de vacina

MATHEUS ROCHA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O vereador bolsonarista Nikolas Ferreira (PRTB-MG) foi barrado neste sábado (25) ao tentar entrar no Cristo Redentor sem comprovante de vacinação. A prefeitura do Rio de Janeiro exige o documento para a entrada em espaços de uso coletivo desde o dia 15 deste mês.

No Instagram, o político de Belo Horizonte disse que perguntou a uma funcionária se poderia fazer um exame PCR para comprovar que não tem Covid-19.
Segundo Nikolas, ele foi informado de que, mesmo após o exame, ele não poderia entrar no ponto turístico sem o comprovante. Em um dos vídeos, o vereador aparece discutindo com uma funcionária, que o manda voltar para casa.

“Isso diz respeito a controle. Um monte de gente vai separando e segregando. Aqui pode vacinado, aqui não pode”, diz o vereador.

Em outra postagem, ele afirma não ser contrário à vacinação, mas ao que chama de segregação das pessoas. “Eles vão fazendo isso com coisas pequenas e, depois, com coisas maiores. Então, hoje, você não pode visitar um ponto turístico, um lugar público. Ano que vem vai ser o quê?”

Especialistas, no entanto, afirmam que o chamado passaporte vacinal é um meio eficaz de estimular a vacinação das pessoas. Além do uso de máscaras e de álcool em gel, os imunizantes são a única forma comprovada de proteção contra o coronavírus.

Na sexta-feira (24), o Rio bateu a marca de 99% da população adulta vacinada com a primeira dose.

Com o avanço da vacinação, a cidade vem registrando queda nos números da Covid. De acordo com Daniel Soranz, secretário de Saúde da cidade, a capital fluminense tem o melhor momento desde o início da pandemia, com indicadores decrescentes.

Além disso, todas as 33 regiões administrativas da cidade apresentam risco moderado para Covid. Em agosto, quando o prefeito Eduardo Paes (PSD) disse que o Rio era o epicentro da pandemia, todas essas áreas tinham risco alto.

Ao anunciar o passaporte vacinal, Paes disse que a intenção era dificultar a vida de quem não quer se vacinar. “Vão ter dificuldades na hora de ter uma cirurgia eletiva, um programa de transferência de renda, e estarão impossibilitadas de terem lazer e trabalho sem se vacinar”, afirmou o prefeito.

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