As vendas de veículos novos continuaram perdendo ritmo no mês passado, com queda de 16,7% em relação a fevereiro de 2020, último mês em que o mercado funcionou sem as restrições da pandemia. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 167,4 mil unidades foram comercializadas no País, o pior fevereiro desde 2018, quando foram emplacados 156,9 mil veículos no segundo mês do ano.
Na comparação com janeiro, as vendas caíram 2,2%, confirmando o esfriamento do mercado após a arrancada, com a flexibilização das quarentenas, que levou os volumes mensais para acima de 200 mil veículos nos meses de setembro a dezembro. Em meses consecutivos, o resultado de fevereiro foi o menor desde junho.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano, 338,6 mil veículos foram vendidos no Brasil, 14,2% abaixo do primeiro bimestre de 2020, conforme balanço preliminar, sujeito a leves ajustes em relação aos números finais a serem divulgados na terça-feira, 2, pela Fenabrave, associação das concessionárias, e na sexta-feira de manhã pela Anfavea, a entidade das montadoras.
A falta de peças continua comprometendo a produção das montadoras, o que, consequentemente, restringe a oferta de carros disponíveis nas revendas.
As dificuldades de abastecimento, que já envolviam insumos como aço, peças plásticas e pneus, foram agravadas pela escassez global de componentes eletrônicos, levando a mais atrasos de produção e até mesmo paradas completas de linhas.
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