Balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias, mostra que as vendas de veículos novos no País subiram 12,9% no mês passado, quando comparadas ao volume de janeiro de 2022.
No total, 142,8 mil unidades foram comercializadas no primeiro mês deste ano, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Frente a dezembro, tradicionalmente um mês mais aquecido, houve queda de 34,2% nos emplacamentos.
Ao comentar o primeiro resultado do ano, o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, lembrou que em janeiro de 2022 os estoques das revendas ainda estavam baixos, dadas as restrições de produção nas montadoras.
Já o declínio frente a dezembro é atribuído à sazonalidade, uma vez que as maiores despesas de início de ano, como pagamento de IPTU e material escolar, apertam o orçamento das famílias nesta época.
“Como nossas projeções apontam para uma estabilidade nos emplacamentos de automóveis e comerciais leves em 2023, é interessante que os segmentos iniciem o ano com resultados positivos”, afirmou Andreta Jr, ao tratar do avanço de 11,9% dos emplacamentos de veículos leves, como carros de passeio, picapes e vans, no comparativo interanual.
Conservadora em função das incertezas sobre a condução da política econômica e dos juros mais altos, a Fenabrave divulgou no mês passado projeções que indicam um mercado estagnado, pelo terceiro ano seguido, nas 2,1 milhões de unidades em 2023.
Já a Anfavea, entidade das montadoras, prevê avanço de 3% das vendas e de 2,2% da produção de veículos durante o ano, levando em conta a melhora do fornecimento de componentes eletrônicos, cuja escassez provocou paradas de fábricas nos últimos dois anos.
A indústria espera acumular uma “gordura” no primeiro trimestre, quando as vendas se confrontam com uma base de comparação baixa, para atravessar o ano com crescimento.
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