SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As 14 escolas de samba que compõem o Grupo Próprio se apresentam no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, entre sexta-feira (28/2) e sábado (1º/3).

 

Com enredos variados e diferentes estratégias para buscar o título (ou ao menos se manter na escol do Carnaval paulistano), elas dão ao público o tradicional show de cores, samba e enredos -que falam sobre orixás ou a música de Cazuza

Confira a seguir quais são os horários e os temas dos desfiles de cada uma, além de informações sobre ingressos, objetos não permitidos e portões de ingressão da sarau.

SEXTA-FEIRA (28)

23h – Colorado do Brás
A escola que abre os desfiles do Carnaval paulistano em 2025 tem o vermelho e branco uma vez que cores-símbolo. A associação, fundada em 1975, preenche o Sambódromo do Anhembi com o enredo “Afoxé Filhos de Gandhy, no Ritmo da Fé”, com letra que exalta os orixás e a Bahia, terreno de possante presença da cultura negra.

0h5 – Barroca Zona Sul
O enredo da escola também se dedica à cultura afro, com letra sobre os oruns -na língua iorubá, orum significa espaço ou projecto místico. Cada um dos nove oruns, que têm uma vez que mãe Iansã (orixá que rege as tempestades), recebe espíritos de características diferentes, de convénio com seu comportamento. Tem uma vez que cores oficiais o virente e o rosa e Juju Salimeni uma vez que rainha de bateria.

1h10 – Dragões da Real
Vice-campeã do Carnaval de 2024, a escola completa 25 anos em março. O tricolor (vermelho, preto e branco) da associação, torcida organizada do São Paulo, entra na avenida com o enredo “A Vida é um Sonho Pintado em Aquarela”, que tem inspiração na música composta por Toquinho Vinicius de Moraes, Guido Morra e Maurizio Fabrizio.

2h15 – Mancha Verdejante
A alviverde palmeirense faz sua ingressão no Anhembi com o enredo “Bahia, da Fé ao Secular”, tendo Viviane Araújo uma vez que rainha de bateria. No ano em que a escola completa três décadas, seu samba leva à avenida a exaltação a orixás uma vez que Exu, Iemanjá, Oxum e Oxalá. A Mancha, que terminou na 5ª colocação em 2024, procura o terceiro título para somar às vitórias de 2019 e 2022.

3h20 – Acadêmicos do Tatuapé
Fundada em 1952, a escola tradicional da região leste de São Paulo tem uma vez que tema “Justiça – A Injustiça num Lugar Qualquer é uma Ameaço à Justiça em Todo Lugar”. A letra faz referência a Xangô, orixá presente nas religiões de matriz africana considerado o senhor da justiça. Ano pretérito, figurou no terceiro lugar do Grupo Próprio.

4h25 – Rosas de Ouro
Neste ano, a associação tem uma vez que enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”, cuja letra faz reflexão sobre vitórias e derrotas da vida e o imperativo de estar sempre em movimento. A associação, que ocupou o 11º lugar em 2024, completa 54 anos. Tem uma vez que rainha de bateria a empresária Ana Beatriz Godói.

5h30 – Camisa Verdejante e Branco
Fundada na dez de 1950, faz uma homenagem a Cazuza, cuja morte completa 35 anos neste ano. A alviverde toma conta da avenida com o enredo “O Tempo Não Para! Cazuza – o Poeta Vive!”, com referência a diferentes letras do compositor. A associação procura seu décimo título no Grupo Próprio –seu último na categoria foi em 1993. Sophia Ferro, rainha da bateria, começou a desfilar na escola ainda moçoilo.

SÁBADO (1º)

22h30 – Águia de Ouro
A escola abre o desfile do sábado em procura de seu segundo título em 49 anos de história. Com o samba enredo “Em Retalhos de Cetim, a Águia de Ouro do Jeito que a Vida Quer”, faz apresentação que fala sobre o próprio Carnaval. A letra reflete sobre o samba, as fantasias e a emoção envolta nos desfiles, cujos detalhes são preparados ao longo de um ano. Em 2024, a escola ficou na 10ª posição do Grupo Próprio. Renata Spallicci, rainha de bateria, é vice-presidente executiva da farmacêutica Apsen.

23h35 – Predomínio de Vivenda Verdejante
A tricampeã do Carnaval paulistano entra na avenida com o enredo “Cantando Contos. Reinos da Literatura”. O samba valoriza a literatura pátrio , com algumas referências a histórias em quadrinhos famosas nos Estados Unidos. O grupo, fundado em 1994, procura seu quarto título no desfile de São Paulo.

0h40 – Mocidade Jubiloso
Canta letra sobre a ancestralidade e religiosidade africana. O título do samba-enredo deste ano é “Quem Não Pode com Mandinga Não Carrega Patuá”. Aline Oliveira, rainha de bateria, participou do bicampeonato da escola, em 2023 e 2024. A Mocidade, ao lado da Nenê de Vila Matilde, ocupa o segundo lugar em número de títulos do Carnaval aulistano, com 11 vitórias. Suas cores são vermelho e virente.

1h45 – Gaviões da Leal
Escola da torcida corintiana, neste ano apresenta o enredo “Irin Ajó Emi Ojisé”, que na língua iorubá significa a viagem do espírito mensageiro. O samba aborda a tradição das máscaras na África e seus diversos significados no continente -entre eles, o religioso. A Gaviões, que terminou o Carnaval de 2024 na quarta colocação, procura seu quinto título. A apresentadora Sabrina Sato, rainha de bateria, desfila pela associação há duas décadas.

2h50 – Acadêmicos do Tucuruvi
Chega à avenida com o único enredo que se debruça sobre os povos originários do Brasil. O samba “Assojaba – A Procura Pelo Véu” trata de um tecido usado por lideranças indígenas, uma vez que pajés e caciques. A elaboração faz referência aos tupinambás, povo que no ano pretérito celebrou o retorno ao Brasil de uma peça sagrada que estava na Europa desde o século 17. A Acadêmicos do Tucuruvi, que existe desde 1976, nunca foi campeã do grupo de escol do Carnaval paulistano. Carla Prata, que foi bailarina do extinto Domingão do Faustão, é a rainha de bateria da associação.

3h55 – Estrela do Terceiro Milênio
De volta à escol do Carnaval paulistano, é a penúltima a se apresentar. O enredo escolhido para nascente ano é “Muito Além do Roda-Íris!”, com letra que condena a homofobia e faz críticas aos ataques à comunidade LGBTQIA+, muitas vezes fundamentados por correntes religiosas. Fundada em 1998 com as cores vermelho, azul, branco e virente, a Estrela nunca venceu título no Grupo Próprio.

5h – Vai-Vai
Líder isolada do Carnaval paulistano, com 15 títulos do Grupo Próprio, fecha os desfiles do sábado. Fundada em 1930, apresenta o enredo “O Xamã Devorado y A Ingestão Bacante de Quem Ousou Sonhar Desordem”. A letra faz referências a entidades de religiões de matriz africana. A alvinegra tem uma vez que rainha de bateria a padrão Madru Penedia.

CARNAVAL 2025

Ingressos custam entre R$ 150 (arquibancada) e R$ 2.484 (mesas e cadeiras) em clubedoingresso.com

Transporte público durante os desfiles: duas linhas de ônibus com atendimento restrito ao Sambódromo partem das estações Portuguesa-Tietê e Palmeiras-Barra Fundíbulo do metrô.

Não é permitida a ingressão de garrafas rígidas, latas, guarda-chuva, spray, objetos de vidro, plástico rígido e metal.

Sambódromo do Anhembi – av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana, região setentrião. @ligacarnavalsp e ligasp.com.br