Veja em 5 pontos o que o Datafolha indica sobre a economia após 3 meses de Lula

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A pesquisa Datafolha de avaliação sobre os três primeiros meses de governo de Luiz Inácio Lula da Silva aponta um cenário econômico desafiador para o petista em seu terceiro mandato, com mais brasileiros antevendo uma piora da economia nos próximos meses.

As expectativas também são ruins para a inflação e desemprego, mas há uma boa notícia para o petista: ele não está sozinho ao reclamar do patamar elevado da taxa básica de juros e é apoiado nas críticas que tem feito ao Banco Central.

O Datafolha ouviu 2.028 pessoas com 16 anos ou mais em 126 cidades, de quarta (29) a quinta (30). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Veja os principais resultados da pesquisa, em cinco pontos:

– Expectativa para a economia nos próximos meses: 46% consideram que a situação econômica vai melhorar, 26% dizem que vai piorar e também 26% falam que vai ficar como está. São 2% os que não sabem.
– Pessimismo aumenta em comparação ao período logo após a eleição: Em 19 e 20 de dezembro de 2022, 49% responderam que a economia ia melhorar, 20% que avaliavam que ia piorar e 28% disseram que ficaria como estava.
– Otimismo é maior na baixa renda: Entre aqueles que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.604), 52% respondem que a economia brasileira irá melhorar, já dos que recebem mais de dez salários mínimos (R$ 13.020), 55% falam em piora.
– Mais brasileiros dizem esperar alta da inflação do desemprego: 54% falam que a inflação deve aumentar nos próximos meses, 20% dizem que ela deve diminuir e 24% acham que ficará como está. Para o desemprego, 44% esperam aumento, 29% contam com uma redução e 26% não veem mudança.
– Lula não é único irritado com taxa de juros, definida pelo Banco Central: Para 71% dos entrevistados, a Selic está mais alta do que deveria, 17% a consideram adequada, e 5% falam que está abaixo do patamar adequado. 80% responderam que Lula faz bem ao pressionar o BC pelo corte dos juros e 16% recriminam o presidente.

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