Varíola dos macacos pode desencadear fobia social

Os registros de varíola dos macacos aumentaram 20% nos últimos sete dias. A informação foi divulgada nesta semana (17) pela Organização Mundial de Saúde. São 35 mil casos em 92 países. Para a OMS, a doença é uma emergência de saúde pública.

Aqui no Brasil, 3.184 casos já foram registrados, o aumento do contágio tem trazido preocupação aos brasileiros, ainda em fase de enfrentamento à pandemia da Covid-19. Para o psiquiatra Ilton Castro, o medo de contrair mais uma doença pode se transformar em fobia.

“Muitas pessoas têm dificuldades em compartilhar ambientes. Evitam supermercados, eventos com muita gente. E diante da ameaça de mais uma doença, este comportamento tende a ir além das medidas necessárias de prevenção, a um ponto em que a rotina de trabalho e de convívio social pode ser comprometida”. Explica o psiquiatra Ilton Castro.

O psiquiatra descreve alguns sinais que podem indicar uma fobia social. Eles variam entre reações físicas e emocionais. Algumas pessoas chegam a sentir o coração acelerar, uma taquicardia. Para demais indivíduos outras reações são mais comuns, como diarreia, dores de cabeça e suor nas mãos.

“A pessoa fica com tanto medo de morrer, que vai deixando de viver. Deixa de estar com as pessoas que ama, não cuida das necessidades básicas. O pensamento paralisante controla as ações. A Vida entra em suspensão”, afirma o psiquiatra Ilton Castro.

Para mais este enfrentamento, a busca pela informação pode ser a receita para aliviar a tensão de uma população que precisa se equilibrar entre a pandemia da Covid-19 e o surto da varíola dos macacos.

“A gente precisa usar as defesas disponíveis contra as doenças. As vacinas, itens de proteção. Entender como se dá o contágio. No caso da varíola, depende de um contato mais próximo, diferente da Covid-19. Quando mais embasados estivermos, menos chances daremos à pensamentos de medo”, acrescenta o psiquiatra Ilton Castro.

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