A variante detectada no Reino Unido é mais contagiosa do que a versão original do vírus SARS-CoV-2, responsável pela Covid-19. Estes são os resultados de um novo estudo realizado em Israel e publicado no periódico Cell Reports Medicine.
Segundo a revista Galileu, a variante B.1.1.7, disseminou-se com bastante rapidez no país. De acordo com os cientistas da Universidade de Tel Aviv, em 24 de dezembro, apenas 5% dos casos positivos eram atribuídos à nova variante. Seis semanas depois, em janeiro de 2021, esse número subiu para 90% e atualmente é de cerca de 99,5%.
Face a esses números preocupantes, os pesquisadores, com base em dados recolhidos por meio de 300 mil testes de Covid-19, determinaram que esta variante é 45% mais contagiosa do que a versão original do vírus.
Além do contágio, os pesquisadores também estudaram a disseminação da B.1.1.7 conforme a idade e foram observados alguns efeitos da vacina sobre a população, ou seja, em janeiro, o número de novos casos em pessoas acima de 60 anos desceu consideravelmente, enquanto que o aumento seguiu para o resto dos indivíduos. Estes dados verificaram-se duas semanas depois de 50% dos cidadãos com mais de 60 anos terem recebido a primeira dose da vacina.
“Podemos dizer que a vacina salvou centenas de vidas, mesmo a curto prazo”, afirma, em nota, Dan Yamin, um dos autores do artigo. O investigador ressalta ainda que “após a vacinação de 50% da população idosa e com testes direcionados a riscos de epicentros, países ocidentais podem esperar que a curva de casos graves caia, apesar do alto contágio da variante britânica”.
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