ALEXA SALOMÃO
ANGRA DOS REIS, RJ (FOLHAPRESS) – Estudos técnicos vão calcular o potencial da usina nuclear de Enseada 2 para a produção de radiofármacos, nome oferecido aos isótopos radioativos utilizados para identificar e tratar inúmeras doenças, principalmente diferentes tipos de cancro. A novidade atividade está prevista em memorando de cooperação que será assinado nesta quinta-feira (28) entre a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear e a Eletronuclear, empresa responsável pela construção e operação de usinas nucleares no Brasil.
Enseada 2 é focada na produção de força elétrica. Com uma capacidade instalada de 1.350 MW (megawatts) pode atender o consumo de uma cidade de 4 milhões de habitantes, por exemplo. Tecnicamente, a cooperação buscará identificar as possibilidades do seu reator para a medicina nuclear no país.
“Hoje muitos dos radiofármacos consumidos no Brasil são importados”, afirma o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo. “Queremos produzir cá para baratear e melhor atender o mercado interno na luta contra o cancro.”
Atualmente, o Brasil tem uma fabricação praticamente residual deste tipo de medicamento, que é feita no país em pequenos gerados e fica a incumbência da Cnen (Percentagem Vernáculo de Vigor Nuclear), vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Uma das unidades é o Ipen (Instituto de pesquisas Energéticas e Nucleares), em São Paulo.
Entre os radiofármacos conhecidos estão o Tecnécio 99, utilizado em muro de 80% dos procedimentos de diagnósticos de tumores, o iodo-123, adotado no diagnósticos de doenças da tireoide e do coração, e o Iodo 131, usado no tratamento de hipertireoidismo.
Os parceiros no combinação envolvendo Enseada 2 têm próprio expectativa em relação a capacidade da usina para a produção de Lutécio 177, medicamento radioativo adotado principalmente no tratamento de cancro de próstata, o segundo mais incidente entre os homens, detrás unicamente do cancro de pele.
O resultado importado é custoso. Uma ração custa em média R$ 30 milénio. Caso Enseada 2 se concretize uma vez que selecção para a produção vernáculo, a perspectiva é que será provável aumentar a oferta, reduzir o preço, ampliando o entrada da população, diz Lycurgo, sem antecipar valores.
A produção vernáculo desses medicamentos envolve a possibilidade de tornar os tratamentos mais acessíveis, explica o oncologista galeno Diogo Assed Bastos, membro do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica).
“No entanto, a grande dificuldade é que, com o progressão da medicina e o surgimento de tratamentos mais eficazes, mas também mais caros, o SUS [Sistema Único de Saúde] tem que mourejar com o duelo de incorporar esses medicamentos ao sistema, principalmente porque muitos desses tratamentos são de altíssimo dispêndio”.
O que faz Enseada 2 boa candidata para atuar na espaço é o seu sistema para medir o fluxo neutro. No processo, pequenas esferas circulam por tubos até o interno do reator. Na produção do Lutécio 177, por exemplo, essas esferas são carregadas com Itérbio 176, injetadas no sistema e, ao serem expostas ao fluxo de neutrons, se transformam em Lutécio 177.
Segundo Lycurgo, esse processo de produção já foi testado e está em tempo de implantação nas usinas nucleares de Cernavoda 2, na Romênia, e Bruce 7, no Canadá.
O memorando prevê que o trabalho conjunto vai ocorrer por cinco anos, com a possibilidade de renovação por mais cinco. Além de identificar os ajustes que devem ser feitos na mediano nuclear para a produção dos medicamentos, também tem a missão de identificar a prisão de fornecimento sítio e o tamanho do mercado consumidor para esse tipo de resultado.
Especialistas defendem que o ideal é investir tanto na produção vernáculo de medicamentos uma vez que o Lutécio quanto na prevenção e diagnóstico precoce do cancro, que ajudam a evitar que os pacientes cheguem a estágios mais avançados da doença, quando os tratamentos são mais caros e complexos.
“Ao mesmo tempo, é precípuo prometer o entrada a tratamentos eficazes para aqueles que já têm diagnóstico tardio. O estabilidade entre essas duas frentes é fundamental para melhorar o combate ao cancro no Brasil”, completa o oncologista Diogo Assed Bastos.
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