SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A primeira fase do vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) durante a pandemia registrou a maior abstenção desde 2003, com a ausência de 13,8% dos participantes. Nos últimos anos, a taxa média foi de 9%.
A organização, no entanto, estimava que o número de abstenções poderia ser ainda maior, de até 20%.
Um candidato de Belo Horizonte foi desclassificado por apresentar sintomas relacionados ao coronavírus. Ele foi encaminhado a um ambulatório dentro da escola e sua temperatura foi aferida em 37,4ºC. Uma equipe médica que estava no local impediu o candidato entrar na sala para fazer o vestibular.
A prova da Unicamp foi o primeiro grande vestibular presencial feito durante a pandemia. Para reduzir os riscos aos candidatos, a organização decidiu fazer a primeira fase em dois dias, dividindo os inscritos em dois grupos.
Pessoas que não puderam fazer a prova por suspeita ou confirmação de Covid-19 não poderão refazer o teste. A mesma regra foi adotada pela Fuvest, vestibular que dá acesso às vagas da USP e que ocorrerá no domingo (10).
Segundo José Alves, coordenador da Comvest (comissão que organiza o vestibular), a prova ocorreu sem incidentes graves e não houve registro de aglomerações na entrada dos locais de prova. “A prova transcorreu tranquilamente, superando nossas expectativas.”
Além da divisão dos candidatos em dois dias diferentes de prova, a Unicamp também decidiu por reduzir o número de questões da primeira fase, de 90 para 72. O tempo de realização passou de 5 horas para 4.
Outra mudança na prova foi a redução da lista de livros obrigatórios e da cobrança de conteúdos. Segundo Alves, a decisão levou em conta o período de fechamento de escolas e a dificuldade enfrentada por parte dos estudantes para continuar os estudos.
A segunda fase da Unicamp está marcada para os dias 7 e 8 de fevereiro. Os candidatos concorrem a 3.237 vagas em 69 cursos de graduação.
Notícias ao Minuto Brasil – Brasil