SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nesta quinta-feira (6), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) anunciou que indeferiu este ano o vínculo de 1.311 alunos que se negaram a apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19.
Entre fevereiro e abril, período de matrícula e rematrícula, foram 966 registros cancelados para cursos de graduação, 337 para pós-graduação stricto sensu e 8 para lato sensu.
A comprovação de, no mínimo, uma dose da vacina foi condição para renovação do vínculo de alunos antigos e matrícula de aprovados nos processos seletivos para o ano letivo de 2022.
Em nota, a universidade diz ser “fundamental salientar que decisões da Unicamp passaram por todas as instâncias administrativas e de câmaras que são compostas por alunos, funcionários e docentes. […] Hoje não há nenhum aluno ativo na universidade sem comprovação vacinal”.
A universidade possui cerca de 35 mil alunos matriculados em seus cursos de graduação e pós-graduação.
Além disso, a instituição ressalta sua resolução sobre vacinação publicada em 2021, na qual declara que “todos os alunos regulares de graduação, pós-graduação, extensão e dos colégios técnicos deverão, obrigatoriamente, apresentar a comprovação de, no mínimo, uma dose de vacina contra a Covid-19, previamente e como condição para sua matrícula”.
Para frequentar o campus, o aluno deve comprovar que recebeu ao menos duas doses.
Os dados da Unicamp foram anunciados poucos dias após a USP (Universidade de São Paulo) ter retirado do sistema a nota e o registro de frequência de 275 estudantes que não comprovaram terem sido vacinados com ao menos duas doses contra a Covid-19.
Em agosto de 2021, a reitoria da universidade publicou uma portaria em que determinava a obrigatoriedade da apresentação do cartão vacinal, com ao menos duas doses, para o retorno presencial. A determinação vale para alunos, professores e funcionários.
As exigências de USP e Unicamp, que também foram acompanhadas por outras universidades estaduais e federais, foram respaldadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), depois de uma tentativa do governo Jair Bolsonaro (PL) de proibir as instituições de ensino de exigirem a vacinação de seus alunos.
Em nota, a USP informou que a retirada das notas está em conformidade com as “orientações e normativas” aprovadas para o retorno das atividades presenciais. Os serviços de graduação das unidades de ensino e pesquisa foram comunicados da remoção dos dados no último dia 26 de setembro.
“A validação da situação vacinal foi realizada pelos serviços de graduação. A Pró-Reitoria de Graduação realizou, em agosto, um levantamento de alunos que estavam irregulares (não tinham comprovação vacinal, mas obtiveram frequência e/ou notas registradas)”, diz nota da instituição.
Ainda de acordo com a USP, o número de estudantes com situação irregular tende a diminuir. “Há alunos que estão apresentando os comprovantes agora, depois da retirada dos registros, embora tenham sido vacinados há bastante tempo”, diz.
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