SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, e um dos momentos de maior oposição entre o governo russo e o estadunidense, o ex-presidente republicano Donald Trump tenta distanciar-se de suas conexões à Rússia, expostas nas eleições de 2016.
O magnata norte-americano anunciou que vai processar Hillary Clinton, sua oponente nas eleições que o deram seu primeiro mandato, além do Comitê Nacional Democrata, por supostamente terem inventado a relação entre a campanha de Trump e o governo russo.
De acordo com as informações publicadas pela CNN, o processo afirma que a equipe de Clinton e as pessoas envolvidas em “pesquisas da oposição” criaram essa falsa ligação, de maneira a difamar Donald Trump e criar, em volta dele, um “frenesi da mídia” e uma “investigação federal infundada”. A decisão do republicano leva a uma ampla ação federal para apurar essa suposta conspiração.
“Sob o disfarce de ‘pesquisa de oposição’, ‘análise de dados’ e outros estratagemas políticos, os réus [Clinton e o Comitê Nacional Democrata] tentaram de forma nefasta influenciar a confiança do público. Eles trabalharam juntos com um único propósito egoísta: difamar Donald Trump”, escreveu a equipe do magnata no processo.
A SUPOSTA CONSPIRAÇÃO DE HILLARY CLINTON
A ação federal explica, segundo a equipe de Trump, que diversas pessoas conectadas à campanha de Trump foram condenadas por terem mentido sobre seus esforços políticos – o que teria levado à descoberta de que o então candidato à presidência procurou utilizar a interferência da Rússia e seu interesse em ajudar o ex-presidente para capitalizar na eleição.
No entanto, esta descoberta faria parte de um plano da campanha de Clinton, no qual uma equipe criou e divulgou relatórios falsos sobre a conexão do americano com a Rússia, inclusive fornecendo ao FBI.
O último passo, porém, teria envolvido, de acordo com o processo, uma última ação de hackers, com alvos na Trump Tower, no apartamento pessoal de Trump e na Casa Branca, para manipularem conversas falsas e clandestinas entre o político e representantes russos.
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