SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (22) um decreto que suspende a ingresso de migrantes pela fronteira sul do país. Essa é a medida contra a imigração mais drástica tomada pelo republicano em seus primeiros dias de volta ao incumbência.

 

O texto do decreto não foi divulgado, mas a Morada Branca disse em nota que a ordem executiva “suspende a ingresso de migrantes que participam de uma invasão dos Estados Unidos pela fronteira sul” e ordena que agências do governo federalista tomem todas as medidas necessárias para “imediatamente repelir, repatriar e remover imigrantes ilegais”.

Segundo o governo, a medida também vale para quem tenta entrar no país pedindo asilo, o que contraria a legislação americana. Assim, é quase claro que o decreto será questionado na Justiça, porquê já acontece com a ordem anunciada na terça (21) que suspendeu a licença automática de cidadania a filhos de imigrantes em situação irregular ou temporária nascidos nos EUA.

A nota da Morada Branca desta quarta diz que a Constituição americana autoriza o governo federalista a suplantar a domínio dos estados quando há uma invasão em curso -ao longo de toda a campanha eleitoral, Trump descreveu com frequência o aumento na ingresso de migrantes nesses termos. Dessa forma, o presidente estaria autorizado a intervir diretamente em estados que fazem fronteira com o México, porquê a Califórnia e o Texas.

O governo Trump ainda atribui a culpa da crise atual ao ex-presidente Joe Biden, dizendo que o predecessor “não foi capaz de proteger os americanos de milhões de imigrantes ilegais entrando nos EUA, invadindo suas comunidades, e custando bilhões de dólares aos governos locais”.

Especialistas apontam com frequência que a imigração, embora exija recursos emergenciais, acabam por fortalecer a economia de um país no longo prazo, e que nos EUA trabalhadores migrantes são essenciais em setores porquê cultivação, construção social e serviços de saúde.

Nesta quarta, a prensa americana também relatou que o governo Trump se prepara para enviar 1.500 soldados da ativa das Forças Armadas para a fronteira com o México. Citando autoridades ouvidas em quesito de anonimato, veículos porquê o jornal The New York Times afirmam que a medida deve ser anunciada nos próximos dias.

Se os soldados mobilizados atuarem diretamente para encontrar e prender migrantes em situação irregular, porquê defendido por Trump, será a primeira vez em décadas que as Forças Armadas americanas serão utilizadas para satisfazer um papel de polícia.

Soldados da ativa já foram enviados para a fronteira sul por Trump em seu primeiro procuração e pelo governo Biden. Entretanto, eles atuaram unicamente porquê pedestal logístico aos agentes de segurança que trabalham no lugar -entre eles, 2.500 membros da suplente da Guarda Vernáculo, além de agentes do Departamento de Segurança Interna e policiais.

A legislação americana proíbe que membros da ativa das Forças Armadas atuem com poder de polícia dentro dos EUA. Entretanto, autoridades do governo Trump levantam a hipótese de invocar uma lei de 1807 que permite essa atuação em caso de “insurreição interna”.

Também nesta quarta, Trump ordenou que o Departamento de Justiça abra investigações contra autoridades de governos estaduais e municipais que resistam ou obstruam tentativas de agentes federais de deportar migrantes em situação irregular.

Na terça, a Morada Branca autorizou a prisão de migrantes em situação irregular em lugares considerados sensíveis, caso de escolas, hospitais e igrejas.

Do outro lado da fronteira, o governo do México, liderado pela presidente Claudia Sheinbaum, disse que não vai receber em território pátrio pessoas deportadas que não tenham a cidadania mexicana.

Ao mesmo tempo, as autoridades do país começaram a erguer abrigos temporários próximos à fronteira em preparação para um intenso fluxo de mexicanos deportados dos EUA.